MAIS UMA TREMENDA ASNEIRA
Carta aberta a todos os
políticos e responsáveis
políticos e responsáveis
O crescimento e o desenvolvimento das cidades ocorrem mediante a presença de factores naturais ou induzidos para a fixação das populações. Entre estes destaca-se existência de vias de comunicação. O papel que outrora foi desempenhado pelo mar e pelos rios, ou pelas vias romanas ou de mercadores, foi mais tarde assumido pelas vias-férreas, e na actualidade compete às auto-estradas.
Portalegre está longe do mar e dos rios. Ficou a ver passar os comboios à distância de 12 km, resultando claramente prejudicada nas suas hipóteses de desenvolvimento quando foi instalada a via-férrea em meados do século XIX.
E agora, na era das auto-estradas, prepara-se candidamente para viver uma espécie de dejá vu.
Em Portalegre presenciámos a falta de estímulos e condições para a instalação de empresas, e em particular indústrias, em quase toda a segunda metade do século passado, a carência de efectivas alternativas de habitação no último quartel do século XX, a continuada ausência de apoio efectivo à consolidação do ensino superior, a debandada de serviços públicos. Fruto de diversas influências, conivências, interesses, omissões e incapacidades, em alguns casos bem identificadas.
Enquanto isso, outras cidades iam fazendo pela vida. Naturalmente, dir-se-á.
Os “nossos” políticos locais e regionais, infelizmente, gozarão das mais baixas taxas de notoriedade de todo o país. Desde o 25 de Abril a naturalidade dos 1º Ministros e Presidentes da República repartiu-se maioritariamente por Lisboa, Algarve e Beira-baixa. Em 35 anos de “democracia”não me recordo de nenhum ministro natural, ou com ascendência neste distrito.
Causa ou consequência do desenvolvimento local?
De tudo isto, resultou que populacionalmente passamos a ser o menor distrito, e a menor das capitais de distrito, com cada vez menos significância. Brevemente seremos a única capital de distrito que não terá uma ligação directa por auto-estrada ao litoral. Ou mesmo, efectivamente, sem qualquer ligação por auto-estrada a sítio nenhum.
Tudo isto vem a propósito e na sequência da observação que realizei ao estudo sobre a ligação da A23 (auto-estrada da Beira-interior) à A6 (auto-estrada de Lisboa-Évora-Elvas), em troço supostamente integrado no IP2 (teoricamente, o segundo principal itinerário do país que ligaria todas as capitais dos distritos do interior raiano: Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja), disponível para consulta pública na internet no endereço: “http://aiacirca.apambiente.pt:8980/Public/irc/aia/aiapublico/library?l=/aia2046_portalegre&vm=detailed&sb=Title”
O referido estudo, que terá sido pago pelos contribuintes, ignora olimpicamente o enquadramento da via que ora se propõe, as populações e o tráfego que irá servir.
Ao se ignorar o objectivo de ligar as principais (?) cidades do interior, e ao se considerar simplistamente, para não dizer simploriamente, que o que importa é ligar a A23 à A6, então qualquer faixa a partir do eixo Torres Novas – Vendas Novas seria admissível. Este pressuposto, a priori ridículo, atendendo a algumas das alternativas apresentadas no estudo, não terá sido rejeitado.
OS MAUS EXEMPLOS
Retomam-se aqui anteriores exemplos de lamentáveis opções, dificilmente explicáveis, se ponderadas de acordo com lógicas de desenvolvimento económico ou sustentabilidade ambiental.
E não valerá a pena retomarmos o infeliz exemplo das ferrovias.
Convido o leitor a pegar num mapa da península e traçar uma linha recta (em regra, aquela que no plano proporcionará à menor distância entre dois pontos) entre as capitais dos países ibéricos. Surpreender-se-á ao observar que Portalegre fica praticamente em cima dessa mesma linha. Mas a auto-estrada de ligação entre Lisboa e Madrid foi “desviada” para sul. Admitindo que a ligação seria Lisboa – Badajoz, a A6 foi “torneada” para passar junto a Évora. Beneficiou-se assim exclusivamente essa cidade, prejudicando todos os restantes alentejanos em particular, e portugueses e espanhóis em geral.
Idêntico e, a todos os títulos, deplorável exemplo ocorreu com o recentemente inaugurado troço do IC13. Transformou-se aquela que seria potencialmente uma via de ligação directa de cerca de 20 km entre Portalegre e Alter, sem grandes necessidades de expropriações e obras de arte, num disparate de mais de 30 km, pleno de dispendiosos trabalhos de engenharia. Por cedência, saber-se-á lá por quê, presumo que ao orgulho do município do Crato, outorgou-se uma obra que terá custado mais do dobro que a melhor alternativa, e que melhor e mais economicamente serviria a população de todo o restante distrito, o país e Espanha. Ganharam apenas os cratenses e as empresas de construção civil. Perderam, e muito, todos os contribuintes e restantes potenciais utilizadores da via.
O “ESTUDO” DE IMPACTE AMBIENTAL
Como é possível admitir-se um denominado estudo de impacte ambiental em que nas diferentes alternativas não são correctamente consideradas as distância efectivamente percorridas pelos utilizadores, com as inerentes implicações em termos de consumos energéticos e de emissões poluentes? Em que o interesse das populações que se pretende servir ou pretensamente beneficiar não são minimamente consideradas?
Volte-se a pegar no mapa e a traçar uma ligação entre Portalegre e Castelo Branco, ou entre esta cidade e Estremoz. Sem significativos distintos acidentes naturais, sem zonas de protecção ambiental de relevo, o traçado mais rectilíneo, logo menos impactante, mais barato, mais rápido, que melhor servirá as populações do distrito e do país é fácil de definir.
(O TRAÇADO IDEAL)
Saindo perto do nó de Benquerenças, a sul de Castelo Branco, passará junto à confluência do Tejo com o Sever, nas imediações da fronteira de Cedillo, correrá cerca a Montalvão e a Póvoa e Meadas, passará nas imediações de Portalegre (desejavelmente a leste dos Fortios e a poente da Serra da Penha), e correndo depois paralelamente a oeste do actual IP2 até Estremoz.
Ao contrário, as alternativas propostas no referido “estudo” retomam os erros do passado.
Numa delas chega-se a admitir que o traçado se sobreponha ao actual IP2, suprimindo-o, perdendo-se de modo totalmente inaceitável a alternativa de uma via definitivamente sem portagem, com evidente prejuízo para a região, e com claro benefício apenas para a futura concessionária. O impacte ambiental sobre as populações menos favorecidas economicamente não é aqui certamente medido. Argumentar-se-á que também a nova auto-estrada poderá não ter portagem. Mas essa é uma garantia que, a longo prazo, ninguém que seja minimamente sério poderá assumir.
Noutra alternativa, a nova via “corre” à distância de longos 12 km da cidade (os mesmos a que fica a “nossa” estação de caminho-de-ferro) com uma única ligação perpendicular, pelo IC13, a Portalegre. Neste caso, a distância a Estremoz passaria dos actuais 55 km para quase 70 km. E dizer-se que esta auto-estrada seria de, ou que serviria, Portalegre não passaria de mais uma anedota de alentejanos.
Só por ignorância ou inépcia, dado que não se admite que seja para fazer jeito a alguém, propõe o estudo como “melhor” alternativa a actual ligação pela Barragem do Fratel, surgindo a possibilidade da ligação por Belver, e chega-se ao despautério de se propor que a ligação ao norte se faça junto ao Gavião, por curiosidade, concelho de origem dos actuais responsáveis do Governo Civil e da Associação de Municípios do distrito.
Ou seja, para a ligação entre Portalegre e Castelo Branco, não se considera uma ligação directa, como a que acima indiquei, que rondaria os 60 km de distância, propondo-se outras que oscilam entre os 100 e os 120 km de extensão.
Comparativamente, e ajustando à escala, seria o mesmo que propor que uma ligação “directa” Lisboa – Porto passasse, na melhor das hipóteses, pela Covilhã, ou chegasse mesmo a cruzar a fronteira espanhola. Este evidente disparate, é algo muito idêntico ao que nos está a ser proposto. Beneficiando já se vê quem: empresas construtoras, alguns gavionenses e pouco mais. Prejudicados são os do costume: todos os contribuintes, os nacionais e estrangeiros, todos os que carecem de utilizar esta via, turistas, empresas e populações desde o Algarve a Trás-os-Montes, e, já se vê, o uma vez mais, e presumo que definitivamente, o desenvolvimento da nossa cidade e do nosso distrito.
Senhores políticos e responsáveis: a bem do distrito, da cidade e dos portalegrenses, aguardo a vossa resposta e anseio pelo sucesso da vossa acção.
Portalegre está longe do mar e dos rios. Ficou a ver passar os comboios à distância de 12 km, resultando claramente prejudicada nas suas hipóteses de desenvolvimento quando foi instalada a via-férrea em meados do século XIX.
E agora, na era das auto-estradas, prepara-se candidamente para viver uma espécie de dejá vu.
Em Portalegre presenciámos a falta de estímulos e condições para a instalação de empresas, e em particular indústrias, em quase toda a segunda metade do século passado, a carência de efectivas alternativas de habitação no último quartel do século XX, a continuada ausência de apoio efectivo à consolidação do ensino superior, a debandada de serviços públicos. Fruto de diversas influências, conivências, interesses, omissões e incapacidades, em alguns casos bem identificadas.
Enquanto isso, outras cidades iam fazendo pela vida. Naturalmente, dir-se-á.
Os “nossos” políticos locais e regionais, infelizmente, gozarão das mais baixas taxas de notoriedade de todo o país. Desde o 25 de Abril a naturalidade dos 1º Ministros e Presidentes da República repartiu-se maioritariamente por Lisboa, Algarve e Beira-baixa. Em 35 anos de “democracia”não me recordo de nenhum ministro natural, ou com ascendência neste distrito.
Causa ou consequência do desenvolvimento local?
De tudo isto, resultou que populacionalmente passamos a ser o menor distrito, e a menor das capitais de distrito, com cada vez menos significância. Brevemente seremos a única capital de distrito que não terá uma ligação directa por auto-estrada ao litoral. Ou mesmo, efectivamente, sem qualquer ligação por auto-estrada a sítio nenhum.
Tudo isto vem a propósito e na sequência da observação que realizei ao estudo sobre a ligação da A23 (auto-estrada da Beira-interior) à A6 (auto-estrada de Lisboa-Évora-Elvas), em troço supostamente integrado no IP2 (teoricamente, o segundo principal itinerário do país que ligaria todas as capitais dos distritos do interior raiano: Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja), disponível para consulta pública na internet no endereço: “http://aiacirca.apambiente.pt:8980/Public/irc/aia/aiapublico/library?l=/aia2046_portalegre&vm=detailed&sb=Title”
O referido estudo, que terá sido pago pelos contribuintes, ignora olimpicamente o enquadramento da via que ora se propõe, as populações e o tráfego que irá servir.
Ao se ignorar o objectivo de ligar as principais (?) cidades do interior, e ao se considerar simplistamente, para não dizer simploriamente, que o que importa é ligar a A23 à A6, então qualquer faixa a partir do eixo Torres Novas – Vendas Novas seria admissível. Este pressuposto, a priori ridículo, atendendo a algumas das alternativas apresentadas no estudo, não terá sido rejeitado.
OS MAUS EXEMPLOS
Retomam-se aqui anteriores exemplos de lamentáveis opções, dificilmente explicáveis, se ponderadas de acordo com lógicas de desenvolvimento económico ou sustentabilidade ambiental.
E não valerá a pena retomarmos o infeliz exemplo das ferrovias.
Convido o leitor a pegar num mapa da península e traçar uma linha recta (em regra, aquela que no plano proporcionará à menor distância entre dois pontos) entre as capitais dos países ibéricos. Surpreender-se-á ao observar que Portalegre fica praticamente em cima dessa mesma linha. Mas a auto-estrada de ligação entre Lisboa e Madrid foi “desviada” para sul. Admitindo que a ligação seria Lisboa – Badajoz, a A6 foi “torneada” para passar junto a Évora. Beneficiou-se assim exclusivamente essa cidade, prejudicando todos os restantes alentejanos em particular, e portugueses e espanhóis em geral.
Idêntico e, a todos os títulos, deplorável exemplo ocorreu com o recentemente inaugurado troço do IC13. Transformou-se aquela que seria potencialmente uma via de ligação directa de cerca de 20 km entre Portalegre e Alter, sem grandes necessidades de expropriações e obras de arte, num disparate de mais de 30 km, pleno de dispendiosos trabalhos de engenharia. Por cedência, saber-se-á lá por quê, presumo que ao orgulho do município do Crato, outorgou-se uma obra que terá custado mais do dobro que a melhor alternativa, e que melhor e mais economicamente serviria a população de todo o restante distrito, o país e Espanha. Ganharam apenas os cratenses e as empresas de construção civil. Perderam, e muito, todos os contribuintes e restantes potenciais utilizadores da via.
O “ESTUDO” DE IMPACTE AMBIENTAL
Como é possível admitir-se um denominado estudo de impacte ambiental em que nas diferentes alternativas não são correctamente consideradas as distância efectivamente percorridas pelos utilizadores, com as inerentes implicações em termos de consumos energéticos e de emissões poluentes? Em que o interesse das populações que se pretende servir ou pretensamente beneficiar não são minimamente consideradas?
Volte-se a pegar no mapa e a traçar uma ligação entre Portalegre e Castelo Branco, ou entre esta cidade e Estremoz. Sem significativos distintos acidentes naturais, sem zonas de protecção ambiental de relevo, o traçado mais rectilíneo, logo menos impactante, mais barato, mais rápido, que melhor servirá as populações do distrito e do país é fácil de definir.
(O TRAÇADO IDEAL)
Saindo perto do nó de Benquerenças, a sul de Castelo Branco, passará junto à confluência do Tejo com o Sever, nas imediações da fronteira de Cedillo, correrá cerca a Montalvão e a Póvoa e Meadas, passará nas imediações de Portalegre (desejavelmente a leste dos Fortios e a poente da Serra da Penha), e correndo depois paralelamente a oeste do actual IP2 até Estremoz.
Ao contrário, as alternativas propostas no referido “estudo” retomam os erros do passado.
Numa delas chega-se a admitir que o traçado se sobreponha ao actual IP2, suprimindo-o, perdendo-se de modo totalmente inaceitável a alternativa de uma via definitivamente sem portagem, com evidente prejuízo para a região, e com claro benefício apenas para a futura concessionária. O impacte ambiental sobre as populações menos favorecidas economicamente não é aqui certamente medido. Argumentar-se-á que também a nova auto-estrada poderá não ter portagem. Mas essa é uma garantia que, a longo prazo, ninguém que seja minimamente sério poderá assumir.
Noutra alternativa, a nova via “corre” à distância de longos 12 km da cidade (os mesmos a que fica a “nossa” estação de caminho-de-ferro) com uma única ligação perpendicular, pelo IC13, a Portalegre. Neste caso, a distância a Estremoz passaria dos actuais 55 km para quase 70 km. E dizer-se que esta auto-estrada seria de, ou que serviria, Portalegre não passaria de mais uma anedota de alentejanos.
Só por ignorância ou inépcia, dado que não se admite que seja para fazer jeito a alguém, propõe o estudo como “melhor” alternativa a actual ligação pela Barragem do Fratel, surgindo a possibilidade da ligação por Belver, e chega-se ao despautério de se propor que a ligação ao norte se faça junto ao Gavião, por curiosidade, concelho de origem dos actuais responsáveis do Governo Civil e da Associação de Municípios do distrito.
Ou seja, para a ligação entre Portalegre e Castelo Branco, não se considera uma ligação directa, como a que acima indiquei, que rondaria os 60 km de distância, propondo-se outras que oscilam entre os 100 e os 120 km de extensão.
Comparativamente, e ajustando à escala, seria o mesmo que propor que uma ligação “directa” Lisboa – Porto passasse, na melhor das hipóteses, pela Covilhã, ou chegasse mesmo a cruzar a fronteira espanhola. Este evidente disparate, é algo muito idêntico ao que nos está a ser proposto. Beneficiando já se vê quem: empresas construtoras, alguns gavionenses e pouco mais. Prejudicados são os do costume: todos os contribuintes, os nacionais e estrangeiros, todos os que carecem de utilizar esta via, turistas, empresas e populações desde o Algarve a Trás-os-Montes, e, já se vê, o uma vez mais, e presumo que definitivamente, o desenvolvimento da nossa cidade e do nosso distrito.
Senhores políticos e responsáveis: a bem do distrito, da cidade e dos portalegrenses, aguardo a vossa resposta e anseio pelo sucesso da vossa acção.
Artur Romão
Etiquetas: Concelho de Portalegre, Distrito de Portalegre, Estrada, Portalegre Cidade
19 Comentários:
Sim senhor....
Quem diria, o Dr. Artur Romão a atirar-se de uma vez só ao Gavião e ao Crato.
Não sei se devo ver nisso alguma ponta de ressentimento ou de despedida das actuais funções.
Trata-se apenas de um processo governamental que visa satisfazer os interesses dos autarcas socialistas!!
Portalegre como vai novamente ser PSD, vicará para trás, inevitavelmente!
E se o problema Fateixa(estremoz) Vs Rondão (Elvas) foi resolvido, mais facilmente dão a volta aos autarca "zitos" aí de cima
Artur, estou contigo!
Portalegre irá ser novamente PSD???
Meto as minhas duvidas....
E há umas dezenas largas de anos que sou apoiante PSD.....
Venham aqui para Arronches e Campo Maior e depois é que sabem o que é bonito com as estradas, estradas que sempre pertenceram á corja das Câmaras SOCIALISTAS desde o 25 de Abril.
Venham aqui para Arronches e Campo Maior e depois é que sabem o que é bonito com as estradas, estradas que sempre pertenceram á corja das Câmaras SOCIALISTAS desde o 25 de Abril.
Eu só costumo ir de Arronches para Campo Maior, e até acho que a estrada assim como está e sempre esteve ,até está boa assim com tanto ondulado,pois até parece que vamos de barco e como a maior parte das pessoas daqui e de quem aqui passa não conhece a praia sempre fica com uma ideia do que é o mar. Agora vou fazer uma onda até Badajoz, e viva o Sócras mais o resto da corja de Arronches e do nosso belo jardim à beira plantado.
kUTENCHO
Cum carago Artur, estava capaz de beijar-te a careca.
Prá frente, assim é que vamos lá.
A seguir cortamos as estradas e se não resultar invadimos a Assembléia da República, damos umas quantas parvas naqueles gajos que não fazem nada e no regresso comemos umas bifanas em Vendas Novas. Quem alinha no programa?
P.S: Se o nº de interessados for elevado ainda poderemos considerar uma visita ao novo centro comercial Dolce Vitta na Amadora, assim as senhoras também são capazes de alinhar.
Claro que ganha e com grande vantagem!!!
Parece que há uma sondagem que dá o Mata Cidades com grande vantagem, mas de onde é que terá vindo tal estudo? Pelos ecos de sábado passado, essa sondagem já está profundamente desactualizada. Andam tão cheios de medo que já fazem sondagens quase todos os dias!
O mata cáceres va ganhar sim, mas juízo, e a culpa é só dele. Teve dois mandatos para mostrar serviço e foi o que se viu.
Não sou PS mas espero que Sr. escarameia venha mudar o rumo desta cidade.
Dr. Artur Romão, permita-me um conselho de um antigo aluno, que apesar de não ter grande apatia consigo, lhe reconhecia grandes capacidades e inteligência:
Apresente uma candidatura à Câmara, independente e livre dos vícios e compadrios dos partidos e certamente conquistará a oportunidade de fazer realmente algo pela nossa cidade.
Pense nisso, agora ou num futuro próximo.
Artigo bastante pertinente.
Como complemento de leitura, sugiro artigo "Sete razões para exigir auto-estrada em Portalegre", publicado na edição de 14/01/2009 no Jornal Alto Alentejo e que pode ser lido em http://deseconomias.blogspot.com
O Romãozinho fugir aos compadrios e partidarices? Boa. Mas onde é que vocês vivem? Já viram bem algumas das contratações que na suaépoca áurea o Politécnico fez? Vivem onde?
Sete razões para querer uma auto-estrada para Portalegre
Ao olhar para o mapa das acessibilidades em Portugal continental, conseguimos ter uma das muitas explicações para os motivos do subdesenvolvimento de Portalegre e do Norte Alentejano. Não é fácil conformarmo-nos com o facto de Portalegre ser a única capital de Distrito que não é contemplada pela rede de auto-estradas mas assim acontece. (A construção da auto-estrada Sines – Beja vai ser iniciada até Junho de 2009 e no dia 24 de Novembro, o Senhor Primeiro Ministro anunciou a nova Auto-Estrada Vila Real – Bragança – únicas capitais de Distrito que ainda estavam na mesma situação de Portalegre). Muitos dirão que é sinónimo da reduzida preocupação que o Governo Central tem com esta zona do país, outros argumentarão que os governantes e os representantes da população local e regional não têm conseguido reivindicar este importante activo.
Dado que não pretendo, nesta ocasião, identificar os culpados, proponho-me apresentar sete motivos para que Portalegre tenha uma auto-estrada:
Igualdade: Não faz sentido que os cidadãos de Portalegre e os visitantes desta região não possam usufruir das mesmas acessibilidades que utilizam quando se deslocam a outras zonas do país. Num contexto em que temos duas ou mais auto-estradas a servir uma localidade (ex: Leiria), é inacreditável que continuemos aqui sem uma única via deste género.
Segurança: Viajar num Itinerário Principal (como o IP2) é bastante mais perigoso do que viajar numa via com quatro faixas e um separador central. Embora a velocidade permitida seja também inferior, num IP os riscos associados a um eventual acidente são potencialmente maiores.
Desenvolvimento: Se um empresário tivesse de escolher entre Castelo Branco, Portalegre, Évora ou mesmo Elvas, qual a cidade que escolhia? A resposta a uma pergunta destas exige a análise de um conjunto de factores, entre os quais as acessibilidades e a facilidade de ligação às plataformas logísticas. Numa cidade sem auto-estrada, o escoamento dos produtos é mais difícil e mais demorado. Assim, num dos aspectos, Portalegre já está em desvantagem competitiva.
Para além disso, hoje em dia é mais rápido fazer a viagem Lisboa – Porto ou Lisboa – Algarve do que Lisboa – Portalegre, o que é um mau sinal acerca do desenvolvimento integrado que se deseja para todo o território.
Nuno Vaz da Silva
Publicado em 14/01/2009 in "Alto Alentejo"
(continua)
(continuação)
Turismo: O Norte Alentejano é uma região com forte potencial turístico. No entanto, para que o turismo se desenvolva, é preciso fazer com que os visitantes cheguem rapidamente aos locais de interesse, através de transportes públicos frequentes (o que actualmente não acontece) e/ou boas redes de comunicação. Em Portalegre, para além da inexistência de auto-estrada, a rede ferroviária é também de menor qualidade face a outras regiões do país, o que contribui para a reduzida captação de turistas face às características da zona.
Estratégia: Portalegre está na rota geográfica mais rápida para se chegar de Lisboa a Cáceres e desta a Madrid. Se visualizarmos um mapa da Península Ibérica e se traçarmos uma linha recta entre estas três cidades, veremos que Évora, Castelo Branco ou mesmo Elvas ficam bem mais distantes dessa linha do que Portalegre.
Economia: Hoje em dia, as redes de comunicação são essenciais para a existência de mercados económicos activos e com capacidade para gerar riqueza. Isso implica que haja tecido empresarial instalado com indústria, comércio e agricultura adaptada às novas tecnologias. Numa cidade que se encontra em desvantagem comparativa, o dinamismo económico no âmbito de uma sociedade em globalização tende a diminuir.
Política: A principal função dos políticos é corresponder às aspirações dos seus co-cidadãos. A auto-estrada não representa apenas uma aspiração mas também e principalmente uma necessidade em prol da sustentabilidade desta região, da capital de distrito e, desta forma, da sustentabilidade dos próprios cargos político-administrativos regionais e locais.
Muitos outros argumentos se poderiam utilizar (alguns também contrários à instalação de uma rede viária desta natureza). Mas importa reunir todos eles e efectuar uma análise custo-benefício. Se, neste momento, Portalegre é a única capital de Distrito sem auto-estrada, será, um dia, a última a ter tido este activo. Desse estigma já não nos livramos, com inevitáveis prejuízos estruturais.
Nuno Vaz da Silva
Publicado em 14/01/2009 in "Alto Alentejo"
Parece estar na altura de assumirmos o que queremos.
Já basta a treta do IC13 paralelo à estrada anterior, que põe Alter ao dobro da distância do traçado inicial (e consequentemente com reflexos nas distâncias à Ponte de Sor e Lisboa).
Já basta a A6 a descer a Évora.
Agora vamos permitir uma autoestrada que ligue a Estremoz com uma distância maior que o IP2?
E porque não ligar a Montemor em vez de Estremoz?
Lisboa ficava bastante mais "perto".
Para ligar a Estremoz e Évora basta o IP2 em condições.
Os nossos responsáveis políticos que se assumam, os cargos não são só para almoçadas e jantaradas.
Por isso são apelidados de "responsáveis".
Mas quem são os "nossos politicos" , que poderiam fazer alguma coisa?
Aqueles bebados?
Nuno da Silva, gostei do seu escrito, continue, pois tem lucidez. Tenho 58 anos e gosto de ver pessoas jovens responsáveis e com ideias arrumadas.
António Gargaté Afonso
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