quarta-feira, 27 de maio de 2009

FADO PORTUGUÊS

O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.

Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.

Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.

Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

José Régio
Poemas de Deus e do Diabo

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Então é verdade que o restaurante do castelo já fechou? Isto é que é um fado..hemm!!Nesta cidade, só os "bruxos" é que se safam!!

quinta-feira, 28 maio, 2009  
Anonymous Compadre envergonhado disse...

Em Defesa da Memória de Capela e Silva

O PLÁGIO do “ESCRITOR” Ribeirinho Leal
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Lê-se em
http://chaosobral.org/ganharias.htm#ratinhos
OS «RATINHOS»
A planície vinha perdendo pouco a pouco o viço primaveril.

Agora na página 69 do livro do Ribeirinho lê-se
Os Ratinhos
À medida que a planície vinha perdendo, pouco a pouco, o seu viço primaveril
__
Lê-se em
http://chaosobral.org/ganharias.htm#ratinhos
No dia do acabamento parece que toda a camarada endoidece. Muitos rezam fervorosamente, recolhidamente, foice no braço, chapéu a esconder as mãos postas, separados da despótica campina, com o espírito lá muito longe, nas suas leiras, na sua casinha humilde, na mulher e nos filhos, pensando na alegria simples e boa, vivida no acanhado horizonte da sua aldeia, a enleá-los, a prendê-los, para que não fujam para o enganoso mundo dos fortes, para o mundo das planícies!...

Na página 70 do livro do Ribeirinho lê-se:
No dia do «acabamento», era como se todos endoidecessem.
«Muitos rezavam fervorosamente, de foice no braço e chapéu a esconder as mãos postas, com espírito lá longe, na casinha humilde, na mulher e nos filhos.

__
Lê-se em
http://chaosobral.org/ganharias.htm#ratinhos
De lenços bordados ao pescoço, recordação das namoradas, paus ao ombro, de onde pendem as mantas e mais copa, foices e cabaças a tiracolo, lá vão eles agora envoltos em pó da cor do fumo, como aves migratórias outra vez na sua rota!

Na página 70 do livro do Ribeirinho lê-se:
De lenços bordados ao pescoço-recordação das saudosas namoradas, pau ao ombro, donde pendiam as mantas e mais «copa», foices e cabaças a tiracolo, eles lá iam, envoltos em pó cor de fumo, quais aves migratórias, outra vez na sua rota».
__

Deixa-se aqui um pequeno exemplo do plágio do Ribeirinho Leal.
Mas que se saiba que há quem esteja a cotejar todo o livro para publicamente denunciar esta vergonha.

A CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE NÃO PODE PACTUAR COM ESTA VERGONHA!

Pela Defesa da Memória de Capela e Silva

Sábado, 23 Maio, 2009


Anónimo disse...
Como é possível que a CMP tenha cedido o seu Auditório para um acto vil contra a Cultura!

A CMP tem que proibir esta vergonha.

O Ribeirinho que vá praticar esta iniquidade para casa dele.

quinta-feira, 28 maio, 2009  

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