terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

NAU PRETA

Porque nada parece querer dizer
O nada que alguma coisa sempre diz,
É que, chegada a hora de morrer,
Muito pouco foi tudo o que se quis.

Muito, não digo, o que havia a fazer,
Disse-o ele, aliás, com ar quase feliz,
E, acrescentou, enfim, pra se saber:
Fumar a vida eis o que, na vida, fiz!

Fumador, fumador por profissão
De tabaco d'enrolar, assim, sem pressa,
Comprado em quiosque de estação,

À mesa do café, antes que esqueça,
Tabaco louro que, por qualquer razão,
Fica em cinza nos dedos, isso qu'interessa!

Vergílio Alberto Vieira
A Arte de Perder

Etiquetas: ,

8 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

É o último
.
É o n.º 5.438, é o último, é hoje que anda à roda, gritava noutros tempos o senhor Costa, cauteleiro de profissão, aflito para vender o seu jogo nas ruas da Cidade de Portalegre. São tempos passados que já não voltam mais, a expressão (último) serve e especifica o título desta semana, que curiosamente tem a ver comigo próprio. Como apregoava o senhor Costa na venda das suas cautelas, hoje este artigo de opinião, o n.º 183 também é o último que escrevo, por decisão que não me pertence. Disse-mo em primeiro lugar o actual Director Padre João Coelho: “quem vem a seguir, o novo Director Padre Nuno Folgado vai escolher outra equipa de colaboradores da qual eu não faço parte”. Na terça-feira à tarde, o novo Director confirmou a decisão. “O João Trindade termina a sua colaboração neste Semanário”. Clarificada esta questão, saio por decisão da Igreja, com conhecimento do Bispo D. Antonino Dias, que me recebeu recentemente para lhe expor o que tem sido a minha actividade neste Semanário. Respondeu-me que “já não interferia nesse assunto por ter delegado no novo Director as decisões que entendesse serem necessárias”. Assim, penso ser importante transmitir aos leitores e à Cidade de Portalegre alguns dados para meditar. Em primeiro lugar, a minha dedicação durante 20 anos ao Distrito de Portalegre e que tem a ver também com o que por aqui escrevi (Na Hora) durante 183 semanas. Vamos então a factos concretos: Entrei para este Semanário pelas mãos do Padre Fernando Farinha que em mim acreditou lançando-me em reportagens em tempos difíceis. O Padre Farinha nessa altura nunca teve medo que se escrevesse a verdade, e foi no Distrito que se deu voz a problemas que na altura afectavam os trabalhadores. Por aqui passaram como Directores, o Padre Aníbal e ainda o Padre André Pinheiro, infelizmente já falecido, que me deu grande liberdade, amizade e compreensão para a minha actividade e forma de escrever. Veio ainda o Padre João Mendonça, o Dr. Heitor Patrão. Por fim, surgiu o actual director Padre João Coelho. Não é este o local nem o momento para dizer aquilo que me vai na alma. Mas não podem ficar no esquecimento, e muito pela forma como os leitores me têm tratado e acarinhado e apreciado o que aqui escrevo, alguns factos. Atenção leitores que a história da minha vida há-de ser contada no livro que hei-de escrever sem medo de denunciar publicamente as injustiças, perseguições e afrontas porque tenho passado, isto se não surgir algo de inesperado. Durante 20 anos, corri milhares e milhares de quilómetros em reportagens, deitei-me tarde e a más horas, centenas e centenas de vezes para cumprir com a minha missão. Ao serviço deste Semanário disponibilizei sempre o meu carro e durante este tempo todo, nunca recebi um tostão para pagar a gasolina ou as peças da oficina, o telefone, fax, computador, telemóvel, a internet, e fotocopiadora. Nas reportagens que tenho feito, procurei ser isento, e creio que o consegui. Escrever a verdade e não ter receio das palavras. Isto jamais poderá ser entendido como crítica ou proteccionismo seja a quem for. Nesta rubrica (Na Hora) nunca me inibi de tocar em assuntos de plena actualidade, e não tenho dúvidas de qualquer espécie que está na primeira linha em termos de preferência dos leitores. Tive sempre presente aquilo que o Director do Curso de Jornalismo que tirei me disse: “Em primeiro lugar está a verdade e a realidade dos factos, o resto é secundário”. Da minha disponibilidade e interesse para tornar público o que está errado ou de bom se faz nesta Cidade, não é preciso falar, toda a gente o sabe. Tornei-me assim porventura uma voz incómoda para alguns, mas nunca me sujeitei facilmente à lei dos mais fortes. Fui acusado por defender os fracos e levaram-me a Tribunal. Ao Juiz disse ser uma Honra sentar-me no Banco dos Réus por defender quem não tinha voz. Há cerca de dois anos, estive internado a soro no Hospital de Portalegre. Para admiração dos Médicos e Enfermeiros, levava o tempo a escrever e conseguiu que o Distrito saísse como se eu estivesse cá fora. São histórias e pedaços da minha vida que aqui partilho modestamente com os leitores nesta hora penosa e traumática de escrever o meu último artigo num jornal com 125 anos que no seu Estatuto Editorial, “defende uma visão à luz da Doutrina Social da Igreja, do humanismo cristão e da dignidade da pessoa humana”.No meio deste torvelinho de nada vale clamar contra quem decide, mandam-me embora, mas resta-me uma consolação: A noção do dever cumprido ao serviço da comunidade. Na dura estrada da vida, o tempo eterno conselheiro dos homens, há-de ajudar a fazer justiça a quem a merecer e condenar os fautores da intriga e das conspirações em silêncio. Este artigo de opinião, leitores, é o último, e deixa ainda outro trauma que me há-de afectar enquanto souber agir, pensar e decidir na minha vida. A ideologia que tinha desde criança morre também dentro de mim.

opinião | João Trindade| 05/02/2009 | 11:05 | 4911 Caracteres

--------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O João Trindade também foi corrido do Distrito.
O homem pode ter muitos defeitos, mas também fez muito de bem ao Distrito, que à pala dele e do seu comércio também ganhou muito no tempo do Basso e de outros Bassos.
Se o homem escrevia disparates numa coluna de opinião que obviamente não tem categoria, perfil, isenção, conhecimento ou cultura para fazer, é porque o deixavam e isso interessava ao jornal.
Bem ou mal, muito do que o homem fazia é porque era também do interesse do jornal. Era para receber os anúncios de quem pagava, digamos que a avença, para que naquela coisas aparecessem determinadas coisas.
O novo director, que pouco ou nada sabe da coisa, é jovem e verde, parece vir cheio de força, o que é timbre dos novatos. Aprendeu possivelmente alguma coisita no Ecos do Sor e agora irá distribuir muitos exemplares do Distrito pelas mesas dos cafés, o que é precisamente o que um jornal que não é novo não pode nem deve fazer.
O jovem padre pode ter pois muito boa vontade e estar cheio de espírito de missão se bem que jornais da igreja não são isentos e para mim valem tanto como sendo jornais dos Jeovás ou da Reino de Deus. Mas é o que temos e é com isso que temos de viver.
Diz-se por aí que houve uns convites recusados.
Quanto à Moreira, trata-se de uma colaboradora que, sendo como é só dava má fama ao jornal. Nada pois a apontar quanto à decisão de fazer o refrech.
Quanto a outras figuras inenarráveis como um tal Matias, esperemos que seja aproveitada a onda e seja também dispensado.
Também não seria má ideia dispensar as cónicas copiadas do senhor D. António. Não é por nada, é que é preciso dizer que não foram escritas para o Distrito que se limita a copiá-las do Jornal do Vouga, e com isso engana os poucos leitores que pensam que o D. Marcelino escreve no Distrito, o que é falso. Apenas não se opõe (porque não deve, ainda que a vontade não lhe falte) a que lhe copiem as crónicas e façam querer que são escritas para o jornal porque dá prestígio.
Quanto ao correm com o João Trindade isso só mostra como os padres não têm respeito por ninguém. Se o homem usou muito o jornal em benefício próprio, e é verdade, foi só porque o deixavam e isso lhes interessava. Queriam que o homem recebesse dinheiro por fora para não lhe pagarem mais.
É mentira? É verdade e toda a gente sabe e eram os próprios padres que o confessavam.
Usaram a carne e agora não querem roer os ossos. É típico da igreja não respeitar quem trabalha para eles.
Deviam ter vergonha.
O homem tem o seu valor e deu muito ao jornal. Não é grande coisa mas merecia ser respeitado. Tinham era de lhe impor as regras e, meu amigo, ou cumpre ou sai, mas não é assim.
É indigno de um jornal portar-se assim, mais ainda de um jornal da igreja, mas também é onde menos surpreende que as pessoas sejam maltratadas.
R L

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

‘Atenção leitores que a história da minha vida há-de ser contada no livro que hei-de escrever sem medo de denunciar publicamente as injustiças, perseguições e afrontas porque tenho passado, isto se não surgir algo de inesperado.’
O TRINDADE VAI SOFRE UM ATENTADO???

‘Nas reportagens que tenho feito, procurei ser isento, e creio que o consegui.’
O TRINDADE JULGA QUE SOMOS OU ANALFABETOS OU PARVOS…

‘Nesta rubrica (Na Hora) nunca me inibi de tocar em assuntos de plena actualidade, e não tenho dúvidas de qualquer espécie que está na primeira linha em termos de preferência dos leitores.’
O TRINDADE ENSANDECEU!!!

‘Da minha disponibilidade e interesse para tornar público o que está errado ou de bom se faz nesta Cidade, não é preciso falar, toda a gente o sabe.’
E AS AVENÇAS, JOÃO TRINDADE??? E AS AVENÇAS???

‘No meio deste torvelinho de nada vale clamar contra quem decide, mandam-me embora, mas resta-me uma consolação: A noção do dever cumprido ao serviço da comunidade.’
QUE DESCARAMENTO, ÉS O SÍMOLO DA CORRUPÇÃO EM PORTALEGRE CIDADE E DISTRITO!!!

‘Na dura estrada da vida, o tempo eterno conselheiro dos homens, há-de ajudar a fazer justiça a quem a merecer e condenar os fautores da intriga e das conspirações em silêncio.’
QUANTO A INTRIGA E CONSPIRAÇÕES, TRINDADE, SEMPRE FOSTO UM PERITO… CARTAS ANÓNIMAS, ENTÃO, SÃO A TUA ESPECIALIDADE!...

‘A ideologia que tinha desde criança morre também dentro de mim.’
JOÃO, AQUI QUE NINGUÉM NOS OUVE OU LÊ. E QUANDO “APANHASTE” O ANDAR NO ATALIÃO AO VELHO, QUE ALUGAS A ESTUDANTES…, E DEPOIS O METESTE NO ALBERGUE???

JOÃO TRINDADE, AO LONGO DESTES ÚLTIMOS ANOS GANHASTE MILHARES DE EUROS, TUDO GRAÇAS AOS PADRES E AO DISTRITO. SE NÃO FOSSEM ELES ONDE TERIAS ARRANJADO AS AVENÇAS, E HOJE OS 850 EUROS QUE RECEBES MENSALMENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE.
NÃO SEJAS INGRATO…
VAI-TE CONFESSOR… TENS MUITOS PECADOS!!!

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Vejam o descaramento do Trindade. Um corrupto em toda a linha. Como é possível que haja alguém que ainda o defenda!
E S

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

João Trindade, imagina como o Amílcar Santos se ri neste momento...

Viva o PS!

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Também o Fonte Nova e a Rádio Portalegre deviam correr com o corrupto do João Trindade.

O homem é um asno e é mal intencionado.

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Mas não podem ficar no esquecimento, e muito pela forma como os leitores me têm tratado e acarinhado e apreciado o que aqui escrevo, alguns factos.
-
Mas quem? Quem é que pode apreciar um analfabeto como o Trindade?
O Trindade é falso como as cobras, está do lado de quem lhe dá mais dinheiro. Corrupto!

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Mas o Cáceres já lhe paga 850 euros por mês para ele apregoar que é o vereador sombra?
Mas o homem nem sabe escrever!...
Bem, agora parece que vai fazer a mesma coluna no Fonte Nova.
Se é verdade, desta vez é que o Bentes enlouqueceu de vez, mas entretanto pode ser que o Cáceres passe a pagar ao Trindade para os velhos o lerem.

quarta-feira, 11 fevereiro, 2009  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Site Meter