COZINHA EM PÓ
Este domingo breve vai trazer
zângãos ou (apenas) bagos de uva.
A água sobe do peixe
não sabe a ratos brancos nem a goivo
sabe a peixes.
E o rosto que lanças aos javalis?
Os teus dentes rápidos de madressilva
são a minha única metáfora:
salsa misteriosa como festivas carroças
zunindo fuziladas de morangos.
A arte bucólica do azinho ao absinto
não passa de um compêndio
para melhor esfaquear os duendes!
Todos tivemos o nosso
almoço
de pedras, pequeno
fascínio de aves degoladas em casto puré
de castanha, o som do banquete ainda é pólen
em salas que - das ruínas - guardaram o calor bom
dos bolos.
De noite, à luz de velas azuladas, os répteis zelam
com os seus moncos manhosos.
E a paz dos rosais esteja convosco.
Nisto, pardo e rubro, o rio
esfacela as próprias piranhas
enquanto a água do peixe
não sabe a ratos brancos nem a goivo
sabe a peixes.
Quando será que as montanhas
virão beber
à minha triste mão?
zângãos ou (apenas) bagos de uva.
A água sobe do peixe
não sabe a ratos brancos nem a goivo
sabe a peixes.
E o rosto que lanças aos javalis?
Os teus dentes rápidos de madressilva
são a minha única metáfora:
salsa misteriosa como festivas carroças
zunindo fuziladas de morangos.
A arte bucólica do azinho ao absinto
não passa de um compêndio
para melhor esfaquear os duendes!
Todos tivemos o nosso
almoço
de pedras, pequeno
fascínio de aves degoladas em casto puré
de castanha, o som do banquete ainda é pólen
em salas que - das ruínas - guardaram o calor bom
dos bolos.
De noite, à luz de velas azuladas, os répteis zelam
com os seus moncos manhosos.
E a paz dos rosais esteja convosco.
Nisto, pardo e rubro, o rio
esfacela as próprias piranhas
enquanto a água do peixe
não sabe a ratos brancos nem a goivo
sabe a peixes.
Quando será que as montanhas
virão beber
à minha triste mão?
Fernando Grade
Alma Burra
Etiquetas: Fernando Grade, Poesia
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