sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MANUEL ALEGRE DISPONÍVEL



Começo por lembrar o almoço da última campanha em Portimão, com centenas de pessoas e um grande entusiasmo, apesar do temporal desse dia. Não o faço por nostalgia do passado, mas porque essa campanha foi uma campanha pioneira, que abriu no nosso país um novo caminho à cidadania. Foi uma campanha que afirmou o poder doscidadãos e mostrou a importância da democracia participativa. Eu creio que esse é o caminho para a renovação da vida democrática.

É imperioso, no tempo que vivemos, afirmar o primado da cidadania sobre a lógica dos interesses, dos egoísmos e da indiferença.Esta é a cidade de um grande escritor português, Manuel Teixeira Gomes. Um poeta da palavra, um artista que foi Presidente da República e que, sendo Presidente, nunca deixou de ser artista. E acima de tudo um cidadão que nos deixou uma lição de ética e de sentido estético da vida.Neste ano em que se comemora o Centenário da República, voltamos a precisar desse rigor ético na vida privada e na vida pública. E também de algo que vá para além do discurso cíclico sobre as contas públicas.

As pessoas precisam de um horizonte e de uma perspectiva para além dos números e para além dos sacrifícios que lhes pedem no dia a dia. As pessoas precisam de saber porquê e para quê. E sobretudo, para além do direito ao trabalho e do direito ao pão, as pessoas precisam do direito à esperança, do direito ao sonho e do direito à beleza.

É talvez a melhor maneira de celebrar o Centenário da República e é com certeza a melhor homenagem que se pode prestar ao Presidente poeta Manuel Teixeira Gomes: voltar a dar aos portugueses uma concreta razão de esperança, voltar a dizer aos
portugueses que Portugal vale a pena e proclamar aos jovens que eles têm direito a viver e a dançar a vida, eles têm direito a outra forma de realismo: exigir o impossível. E o impossível é afinal tão simples: primeiro emprego, realização profissional, habitação, uma vida vivida sem ser em permanente precariedade.

Mas para isso, como escreveu o Professor Vitorino Magalhães Godinho – “A política de emprego tem de pôr de lado recibos verdes e contratos de termos arbitrários. O trabalho precário é um cancro para o desenvolvimento económico”. Trabalho precário, desemprego, desigualdade, insegurança, incerteza, ausência de perspectivas e de futuro.

Estes são os sinais de uma crise que atravessa o mundo e que, tal como tem sido dito, não é mais uma crise cíclica, é uma crise estrutural, uma crise que exige uma mudança profunda e de que só se sai com outro paradigma, outro projecto, outro modelo de desenvolvimento. Mais de que uma visão contabilística e tecnocrática, é preciso uma visão política, com abertura de espírito, inovação e criatividade. Mudar a economia, mudar o sentido da política, mudar a vida.

Capacidade de invenção, poder de inspiração. Esse deve ser o papel de um Presidente da República. Ser uma referência e uma fonte de inspiração. Alguém que traga consigo uma nova liderança, não pela interferência nas áreas do governo, mas pela pedagogia do gesto, da palavra e da acção. Alguém que aponte o caminho e seja capaz de nos fazer ver um pouco mais longe do que o estreito horizonte do dia a dia. Alguém que dê um sentido aos trabalhos que nos são pedidos.

Alguém que seja um patriota e um cidadão do mundo.

Alguém que se identifique com as raízes profundas da nossa história e da nossa cultura, mas seja simultaneamente um cosmopolita aberto aos problemas das outras sociedades. Alguém que em todos os momentos exerça um magistério da causa pública e do serviço desinteressado do país.

As pessoas precisam de um Presidente que não lhes fale apenas do presente, que não lhes repita apenas números e estatísticas, mas lhes aponte horizontes que lhes permitam esperar em vez de somente aguardar e muitas vezes desesperar. Como republicano, quero uma República moderna, escola pública, serviço nacional de saúde, protecção social, direitos políticos individuais articulados com os direitos sociais, culturais e ambientais.

Como socialista, acredito na possibilidade de construir uma sociedade mais justa e solidária, através de serviços públicos geridos, não pela lógica do lucro, mas pela realização do interesse geral, e através de um novo modelo económico onde se conjuguem planeamento e concorrência, iniciativa pública e iniciativa privada. Como democrata, penso que o espaço e a intervenção da cidadania são o sal da vida pública e que a democracia participativa é indispensável à renovação da democracia representativa.

Como português, digo que Portugal é muito maior do que a sua dimensão geográfica e que pela história, pela língua e pela cultura é um dos países que pode ser no mundo um actor global.

O Mundo atravessa uma crise grave. Portugal vive uma hora difícil. É sempre mais fácil desistir e baixar os braços. É sempre mais fácil dizer que nada vale a pena. Mas Portugal existe, porque houve sempre, desde o princípio e através dos séculos, um povo que acreditou que Portugal vale a pena. Um povo e dirigentes que acreditaram e agiram. E é disso que hoje precisamos. Acreditar e agir. Não sucumbir à tendência para o queixume, para a lamechice, para o fatalismo.

Dante dizia que os lugares mais quentes do Inferno estavam reservados para aqueles que em momentos críticos se mantiveram neutros. Quem me conhece sabe que não cometi nunca esse pecado. Posso ter-me enganado. E algumas vezes me enganei. Posso ter errado. E algumas vezes cometi erros. Mas nunca fui neutro. Nunca baixei os braços. Nunca fugi a nenhum combate. Nem antes, nem durante, nem depois do 25 de Abril. E também não ficarei neutro agora. Sei que para o PS e para os outros partidos parlamentares este é o tempo do Orçamento Geral do Estado. Desejo que seja possível que seja negociado sem que as negociações sejam orientadas de fora na tentativa de o orientar para certo sentido.

Compreendo que para o PS seja o momento do Orçamento. Mas, como diria o meu amigo Jorge Sampaio, há mais vida para além do Orçamento. Queira-se ou não, a próxima eleição presidencial vai condicionar, ou melhor, já está a condicionar a vida política do país. Há duas opções. Os dirigentes mais lúcidos do principal partido da oposição já perceberam que é muito difícil encontrar, a curto prazo, um líder capaz de unir o partido e o centro direita.

É grande a tentação de reagrupar o bloco conservador à volta do actual Presidente da República para, através da sua eventual reeleição, conseguir o que não se consegue por via partidária: uma maioria, um governo, um Presidente. Independentemente da pessoa do Presidente, que não ponho em causa, tal projecto, que foi sempre o sonho da direita, comporta riscos para o PS, para toda a esquerda e para o equilíbrio do regime. E tem uma lógica de deriva política de pendor presidencialista.

A outra opção é não nos conformarmos e fazer da próxima eleição presidencial uma grande mobilização, não só das esquerdas, mas de todos aqueles, de todos os quadrantes, que desejam a mudança num outro sentido e querem ver renascer a esperança num Portugal sem bloqueios, um Portugal que valha a pena, um Portugal de todos.

É esse Portugal que nos interpela. É esse o combate que chama por nós. E o que venho aqui dizer-vos é que estou disponível para esse combate. Com todos vós e com todos os portugueses que estão connosco, com todos os que a seu tempo virão a estar, para mudar e para vencer, pela República e por Portugal.

Manuel Alegre

Portimão
1ª parte



2ª parte

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21 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Força companheira

sexta-feira, 15 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Mais um comuna encapotado...
O Manuel Alegre? Por favor!!!

sexta-feira, 15 janeiro, 2010  
Anonymous Xico Silva disse...

Portugal necessita de Alegre na presidência.
Eu apoio Alegre, "para acabar com o estado a que isto chegou".

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

é demais cheira a chuchas que tresandaaaaaaaaaa

sábado, 16 janeiro, 2010  
Blogger Mário disse...

Alegre
deviam era estar tristes com esta cambada de chuchas
o pessoal é mesmo masoquista
estes pernas de porco, estes nomes de filosofos que a esta hora devem dar voltas na tumba por ter um ... com o nome dele
isto a a fundar-se
o manel pergunta ao vento que passa
e ele diz o teu camarada nem o vento deixa vingar

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Um Socialista, Republicano e Laico disse...

Parece que à comentadores muito enganados.
Os "chuchalistas" de Portalegre vão ter de engolir uns valentes elefantes.
Pois o julinho vesgo, está por trás do movimento de apoio do "porco gordo açoriano" à presidência, não fosse ele um "yes man".

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Alegre?
Vai ser bonito ver os xuxas de Portalegre fieis aos Simplicio engolirem o sapo.
Seja qual for o candidato xuxa com o meu voto não conta.

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous JOSÉ disse...

A direita já está em pânico?
Manuel Alegre apresentou ontem em Portimão a sua disponibilidade para ser candidato a Presidente da República.
Já direita está sem rumo,pobres coitados, estarão órfãos?

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Mas o Manuel Alegre tem perfil de Presidente da República?
Por favor...
Já temos poetas a mais...

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

De direita sou eu ó anormal e voto no Alegre.
E sabes porquê? Porque sou mais democrata que a maioria dos badamerdas de esquerdas, complexados, demagogos, vadios e ignorante que conheço, todos eles a viverem sempre á conta do tachinho e do empregozinho do estado.
De certeza que não voto no cavaco, como nunca votei. No Sócrates enganou-me a 1ª mas jamais.
Votei no Alegre e até dei a cara por ele, nõa porque ache que seja o melhor mas porque é o menos mau dentro do que existe.
Pelo menos não navega em águas mansas e isso já é uma grande virtude e uma vitória contra os acomodados de esquerda de merda que destrói diariamente o meu País.
Percebes, ó ignorante, ou é preciso um desenho?
Direita e esquerda está no já foi: há homens sérios e com tomates - poucos, é verdade - e bandalhos de carneirada, a maioria.

sábado, 16 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Deus, Pátria, Rei!
Vamos resgatar Portugal!
Morte aos traidores!

sábado, 16 janeiro, 2010  
Blogger José Corvo disse...

Manuel Alegre foi um grande e corajoso lutador antifascista.
A sua poesia serviu para mobilizar e consciencializar na luta pela mudança que conduziu ao 25 de Abril.
Foi muito importante.
Pena que se tenha enganado algumas vezes, como ele próprio reconhece.

domingo, 17 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

A candidatura de Alegre foi a melhor notícia que o PSD podia receber. Se não houver mais candidatos de esquerda, Cavaco é novamente eleito.

Nas últimas eleições, Alegre teve a votação que teve para castigar Soares e o PS.

Agora não há ninguém para castigar.

segunda-feira, 18 janeiro, 2010  
Anonymous F.T. disse...

Tão grande e tão prolongada foi a sua indecisão quanto à escolha, difícil, entre o pai biológico e o pai afectivo, que o título “pequena Esmeralda da política portuguesa” assentar-lhe-ia que nem uma luva. A pequena Esmeralda bem se sentou ao colo daquele que seria o pai adoptivo, mas lá acabou por decidir-se pelo pai biológico. Segundo ela, era a “esquerda possível”. O pai biológico rejubilou com a decisão. A pequena fazia-lhe falta. Na casa ao lado, conhecida a predilecção da pequena por meias tintas e o seu gosto por colher as melhores flores de cada jardim, o pai afectivo nem reagiu à não surpresa que, contudo, lhe mereceu o maior respeito. Na família, desde pequeninos, todos são educados numa cultura de liberdade segundo a qual todos devem decidir em consciência e ninguém é obrigado a fazer opções contra a sua vontade. E esta foi a história da pequena Esmeralda da política portuguesa até Sexta-feira passada.

Um dia em que tudo mudou. Foi o dia escolhido para o anúncio das segundas núpcias da emancipação da pequena. Manuel Alegre decidiu anunciar que é candidato a Presidente da República. E, imagine-se, sem pedir licença ao papá. Por isso, os manos Lello e Vitalino, duas das reservas morais de uma família com uma moral muito própria, vieram imediatamente a terreiro exibir o seu desagrado. A família biológica fez saber que ainda iria decidir se acompanharia ou não o seu rebento na aventura anunciada. Um tiro no pé, uma vez que a família adoptiva não regateou o apoio que na família biológica será decidida pelo patriarca. Alegre é agora o candidato do Bloco. Se o PS o apoiar, apoiará o candidato do Bloco. Andará a reboque. Se não o apoiar, fará aquilo de que está sempre a acusar o Bloco: a dividir a esquerda e sempre a obstar ao consenso. Apoiando ou não Alegre, o PS terá sempre qualquer coisa a perder.

Obterá a pequena Esmeralda o apoio da sua família biológica? Que dirá ao respeito o avô Soares? Optará o PS por dividir a esquerda, boicotar uma candidatura unitária e, dessa forma, garantir a reeleição do patriarca da família que outrora viveu à sua direita? Arriscará o Bloco de Esquerda ver um candidato seu ser eleito Presidente da República?
Escreverá a pequena Esmeralda uma espécie de”Os Lusíadas” dos tempos modernos inspirada na sua própria desgraçada história de vida? Não perca, nas cenas do próximo capítulo.

segunda-feira, 18 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Jaime Gama é que era...um grande candidato!
Sempre à vontade em águas profundas,muito escuras logo pouco claras.
Seria sem dúvida, o melhor para a "Grande República".Aquela que fará 100 anos. Aquela que gastará 10 milhões de euros para se celebrar, e assim não esquecermos o seu vital papel na falta de ética na vida pública, a promoção da incompetência,da burrice,da mentira, dos interesses individuais face aos da comunidade,do compadrio, dos esquemas.
Portugal está doente, muito doente.
Viva a República! Viva!

segunda-feira, 18 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Eu quero um candidato gay, daqueles que que pegam de empurrão. Portugal precisa de mais velocidade, nem que seja empurrado por traz, viva o Ps viva a Rosa do Sócrates.

segunda-feira, 18 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Então e o Jaime Game tamém gosta dos Guys ? Bem se sim é o meu candidato !

segunda-feira, 18 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

Para os menos sábios queria dizer que Homossexuais não são apenas os gays, são pessoa que gostam de outras do mesmo sexo, isto é, gays e lésbicas.

Depois não entendo, como é possível os partidos de direita serem contra o casamento de Homossexuais!!!???

Passo a explicar:
1 - Candidato do PSD às europeias e possível líder (Paulo Rangel);
2 - Líder do PP (Paulo Portas);

Estes dois não são... São apenas dois solteirões que não quiseram casar para procriar.

Assim Manuela Ferreira Leite, já sabe que estes dois senhores não sabem o verdadeiro significado de família e Cavaco Silva fica a saber que para se fazerem mais crianças e Portugal, não é com homens como estes dois "artistas".

terça-feira, 19 janeiro, 2010  
Anonymous Anónimo disse...

até que enfim, alguma coisa agitou este blog, estava de todo...
está na altura de fazer comentários em branco, até agora nem dava graça...

terça-feira, 19 janeiro, 2010  
Anonymous FS disse...

O bardo da aldeia de Astérix, Chatotorix, era amordaçado quando tentava cantar demasiado. O PS tem-se revelado menos eficaz relativamente a Manuel Alegre: quando ele eleva a voz o partido entra em tumulto. A razão é simples: Alegre não representa este PS, mas simboliza mais do que o partido de Sócrates. É e não é do PS. Ao lançar a sua candidatura no "timing" ideal, Alegre já dividiu o PS e já uniu a esquerda. Isto, curiosamente, numa altura em que Sócrates busca uma aliança à direita para aprovar o OGE do consenso nacional. O que Sócrates quer construir, veio agora Alegre destruir com a sua candidatura. Alegre transformou-se na ovelha negra da estratégia de Sócrates. Querendo transformar Belém num redil, Sócrates dispensará outro pastor. Seja ele Cavaco, seja Alegre. Este, ainda por cima, um membro do seu partido. E Alegre promete um consenso que não é o que Sócrates busca e onde não é o epicentro. Ao antecipar a candidatura, independentemente de estarmos ou não convencidos sobre os méritos do poeta, Alegre colocou a batata quente nas mãos do PS. E, desta vez, não há Mário Soares. A sua candidatura conquistará facilmente todos os descontentes de esquerda com o actual marasmo nacional. Há coisas curiosas, no entanto: Alegre anunciou a sua candidatura na terra do presidente-poeta, Teixeira Gomes. A história, às vezes, repete-se como farsa. Teixeira Gomes foi líder da República que "O Século" de Magalhães Lima impulsionou.

terça-feira, 19 janeiro, 2010  
Anonymous A.F. disse...

O décimo-primeiro mandamento alegriano era este: a tempo e horas apresenta a tua candidatura a Presidente da República. Cumpriu-se, na semana passada. Ninguém esperava outra coisa, o missionário Louçã apressou-se a conceder-lhe apoio, o estado-maior socialista reagiu em quietude, pois nada há a fazer contra a intenção do poeta, no entanto, muito se pode fazer antes de a contingência obrigar a conceder-lhe apoio.

A partir de agora as intervenções ficam a cargo de actores secundários – Vitalino Canas, Vítor Ramalho, Alfredo Barroso e outros –, depois da Primavera logo se vê, na globalidade, e até com algum pormenor, importa à corte de Sócrates não exacerbar os ânimos.

A antecipação de Alegre não colheu ninguém de surpresa, o discurso anunciador da nova-velha também não surpreendeu, repetiu-se e vai repetir-se daqui para a frente animando os já conquistados, deixando indiferente a larga maioria dos votantes apoquentados pelo desemprego e outras maleitas sociais. Até à época de veraneio, este ano Alegre não dedicará muito tempo à pesca de robalos, o ambiente político mais frequentado passará pela Assembleia da República com Paulo Portas a servir de muleta aos socialistas, o congresso social-democrata da ressurreição ou retorno ao estado cataplético, e a Gomes Teixeira centro de todas as negociações e controle da propaganda.

Os dirigentes socialistas ao terem de o apoiar irão teatralizar o acto de forma envolvente, sendo muito possível surgir no palco Mário Soares a propiciar um abraço a Alegre em nome da unidade do partido, dando-lhe uma bofetada simbólica, no mais imitará os comunistas quando foram obrigados a votar nele. Aos camaradas também não lhe custará muito concederem o voto ao autor da Praça da Canção, a real-política assim o determina tal como sucedeu no passado.

O estro tem muitos temas queridos, mas a situação actual embora aparente ser propícia a explorá-los, não me parece que seja, mesmo recuperando o inesperado, o insólito, caso das escutas. Não por acaso, Fernando Lima conta a sua verdade na última edição do Expresso, pois em Belém ninguém espera facilidades, sendo seguro que a recandidatura de Cavaco Silva só será levada a cabo sustentada na certeza de ganhar.

Na dúvida Cavaco nunca se apresentaria ao eleitorado, a lição de Sampaio perdura, mas tudo leva crer que voltará a ganhar confortavelmente concedendo a Alegre a justa possibilidade de no futuro ter todo o tempo para se dedicar à escrita e à cana de pesca.

segunda-feira, 25 janeiro, 2010  

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