A PANCADA EM VITAL MOREIRA À LUZ DA SAGRADA ESCRITURA
O calendário dizia 1.º de Maio, mas eu estou certo de que era Sexta-Feira Santa. Vi um senhor cabeludo, com um ar simultaneamente delicado e sofrido, a caminhar por entre uma multidão em fúria que o agredia aos gritos de "traidor, traidor". Desfile do Dia dos Trabalhadores? Nada disso: nova versão da via-sacra, com Vital Moreira a caminho do Gólgota. Infelizmente, a multidão estava a levar tão a sério o seu papel que o ungido do PS às europeias resolveu pisgar-se antes de chegar à parte da cruz. Quem naquela situação tivesse agido de outra forma que atire a primeira pedra.
Numa triste inversão dos papéis históricos, de seguida apareceram dois Pôncios Pilatos (Jerónimo de Sousa e Carvalho da Silva) a lavar as mãos em relação ao que tinha acontecido. Um argumentou não ter visto o que se passou e o outro aconselhou-nos a compreender o desespero dos judeus - perdão, dos trabalhadores - que decidiram apaziguar o seu sofrimento amassando o senhor que abandonou a antiga religião. A partir daí, iniciou-se uma velha discussão teológica: o Partido Socialista criticou o Partido Comunista por querer demonstrar que Vital é mortal, e o Partido Comunista acusou o PS de andar há muitos anos a afastar-se do caminho da verdade.
O mais estranho nisto tudo é que até há pouco eles eram irmãos na fé. E não precisamos de recuar aos tempos de Abraão: basta-nos recuar até ao dia anterior à cena de pancadaria, quando PS e PCP, juntamente com PSD, PP e BE, tinham exibido uma admirável tolerância religiosa em matéria de financiamento partidário. Qual Jesus nas margens do lago Tiberíades, os cinco partidos procederam ao milagre da multiplicação do dinheiro vivo, com as contribuições de pilim caído do céu a crescerem mais de 50 vezes, perante o olhar espantado da multidão. As más-línguas gritaram que se tratava de uma heresia. Os partidos defenderam que os seus corações eram puros. Tal milagre, pregaram, não tinha como objectivo encher os bolsos das campanhas em ano de triplas eleições - claro que não! -, mas sim limpar os pecados do PCP, que tinha uma legião de demónios a infestar as contas da Festa do Avante. Alguém duvida de tão boas intenções? Só os apóstatas duvidam.
É certo que os corações mais duros não param de se interrogar. Como se explica que depois de tanto amor o mesmo PS que generosamente auxiliara o PCP o estivesse a chibatar? Como se entende que escassas 24 horas passadas soldados comunistas desatassem a vergastar o filho pródigo socialista? É não perceber nada de teologia: há sempre confusões quando Cristo desce à Terra. Mas lá no Céu, como se sabe, Deus há só um - e Ele vela carinhosamente pelo bem-estar financeiro de todas as religiões.
Numa triste inversão dos papéis históricos, de seguida apareceram dois Pôncios Pilatos (Jerónimo de Sousa e Carvalho da Silva) a lavar as mãos em relação ao que tinha acontecido. Um argumentou não ter visto o que se passou e o outro aconselhou-nos a compreender o desespero dos judeus - perdão, dos trabalhadores - que decidiram apaziguar o seu sofrimento amassando o senhor que abandonou a antiga religião. A partir daí, iniciou-se uma velha discussão teológica: o Partido Socialista criticou o Partido Comunista por querer demonstrar que Vital é mortal, e o Partido Comunista acusou o PS de andar há muitos anos a afastar-se do caminho da verdade.
O mais estranho nisto tudo é que até há pouco eles eram irmãos na fé. E não precisamos de recuar aos tempos de Abraão: basta-nos recuar até ao dia anterior à cena de pancadaria, quando PS e PCP, juntamente com PSD, PP e BE, tinham exibido uma admirável tolerância religiosa em matéria de financiamento partidário. Qual Jesus nas margens do lago Tiberíades, os cinco partidos procederam ao milagre da multiplicação do dinheiro vivo, com as contribuições de pilim caído do céu a crescerem mais de 50 vezes, perante o olhar espantado da multidão. As más-línguas gritaram que se tratava de uma heresia. Os partidos defenderam que os seus corações eram puros. Tal milagre, pregaram, não tinha como objectivo encher os bolsos das campanhas em ano de triplas eleições - claro que não! -, mas sim limpar os pecados do PCP, que tinha uma legião de demónios a infestar as contas da Festa do Avante. Alguém duvida de tão boas intenções? Só os apóstatas duvidam.
É certo que os corações mais duros não param de se interrogar. Como se explica que depois de tanto amor o mesmo PS que generosamente auxiliara o PCP o estivesse a chibatar? Como se entende que escassas 24 horas passadas soldados comunistas desatassem a vergastar o filho pródigo socialista? É não perceber nada de teologia: há sempre confusões quando Cristo desce à Terra. Mas lá no Céu, como se sabe, Deus há só um - e Ele vela carinhosamente pelo bem-estar financeiro de todas as religiões.
João Miguel Tavares
Diário de Notícias
Etiquetas: Portugal, Putas Finas da Política
5 Comentários:
Há sinais de cumplicidade
nesta encenação desmascarada,
tamanha é a atrocidade
de uma esquerda desventurada.
A cambada de desordeiros
agora reconhecidos,
é um rebanho de cordeiros
com pastores emudecidos.
A encenação montada
para outras coisas sugerir,
tem sido desmontada
para a verdade emergir.
Os mexilhões manifestantes
de verdades inconvenientes,
consideram repugnantes
estes miseráveis intervenientes!
Num espectáculo encenado
com personagens arruaceiras,
o facto foi televisionado
desmascarando gentes trapaceiras!
Os “bloquistas” tão moralistas,
da esquerda caviar,
têm comportamentos miserabilistas
para o povo enganar!
As imagens da televisão
são por demais visíveis,
não enganam o mexilhão
com argumentos risíveis!
O vilipendiado, enxovalhado, amordaçado, numa palavra, perseguido, Vital Moreira, tem mais um alvo a abater na sua lista de inimigos feitos mabecos.
Segundo o Correio da Manhã de hoje que descobre literalmente a careca ao biltre, um militante do Bloco de Esquerda surriou o candidato na manifestação dos trabalhadores.
A imagem não engana e o titular do troféu já tem nome: Délio Figueiredo chamou traidor a Vital, assumindo quota nas despesas que o PCP se recusa a pagar.
Traidor a quê, já agora?
PS. O perfil do apodador já está desvendado no sexo e a cidade:
«O militante do Bloco de Esquerda que foi apanhado pela RTP a tentar cumprimentar o candidato do Partido Socialista ao Parlamento Europeu é bacharel ou licenciado (?) em Bioquímica pela Universidade de Coimbra (2000-2005).
Do seu percurso académico destaca-se uma passagem por Barcelona, onde foi bolseiro do Sócrates. Actualmente, Délio Filipe Fernandes de Figueiredo é pago pela Fundação para a Ciência e Teconologia do Ministério da Educação, Tecnologia e Ensino Superior.
Exerce a função de investigador estagiário no Centro de Metabolismo e Endocrinologia do Laboratório de Genética do Instituto Gulbenkian de Ciência, onde estuda a “evolução molecular”, na equipa do grego Alekos Athanasiadis. Também estagiou(dois anos?) no Laboratório de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
A nível partidário pertence ao colectivo Ruptura/FER, uma das alas mais radicais do partido de Louçã. DL alinha regularmente nas actividades do Bloco, costuma marcar presença nas convenções nacionais e participa em várias actividades a nível global.
Nos seus tempos de estudante em Coimbra, deu nas vistas em várias manisfestações de luta contra as proprinas. Reza a lenda que até tentou boicotar uma abertura solene das aulas para saudar o Reitor de forma mais efusiva.
Em 2007, o antigo estudante de Coimbra defendia que “A juventude deste país precisa de um BE democrático e combativo. Que dinamize, organize e dirija os combates que urge travar. É portanto necessário um novo rumo. Pelo nosso futuro, queremos no presente um BE de combate. Um BE de luta, em todas as lutas.” .
Foi o nº 5 da lista liderada pelo professor universitário José Manuel Pureza às Legislativas de 2005, onde no 2º lugar, aparecia a professora Ana Filomena Amaral (candidata à Câmara Municipal da Lousã), em 3º, o antigo director do Hospital Pediátrico Luís Januário e em 4º , o também médico António Rodrigues. Nessa lista, a nossa musa Marisa Rodrigues, nº 2 ao PE em 2009, ficava atrás do activista do momento.
Esta e outras informações foram recolhidas pelo nosso mordomo. A investigação decorreu no Café Tropical e no Centro de Estudos Sociais, dois dos locais de eleição dos bloquistas da cidade dos doutores.»
Perfil interessante: um bolseiro do Estado, de Coimbra e em trânsito.
VAMOS LÁ AO QUE UNTERESSA. QUANDO É INAUGURADA A PORRA DA IC 13?
ESTÁ PRONTA. QUANTOS É PRECISO MORREREM NA MERDA DA OUTRA ESTRADA?
ANDAM A GOZAR COM ESTA MERDA TODA...
ISTO É UMA VERGONHA.
TRATAM-NOS COM SE FOSSEMOS PORTUGUESES DE 2ª SÓ POR SERMOS ALENTEJANOS.
ENTÃO NÃO QUEREM LÁ VER QUE O IC 13 ERA PARA ABRIR ONTEM, E VAI DAÍ...NADA.... CONTINUA FECHADINHO AO TRANSITO.
E OS PAROLOS A IREM PELA ESTRADA VELHA...
ISTO É UM GOZO...
FAZEM ISTO PORQUE DÃO COM UM POVO PACÍFICO....SOMOS ALENTEJANOS.
NÃO NOS RESPEITAM.
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