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Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Miguel Torga
Cântico do Homem
Etiquetas: Miguel Torga, Poesia
1 Comentários:
Ao acaso descobri este blogue. Parabéns pela diversidade e pelos apontamentos poéticos.
Como Alentejano (Monfortense) que sou e porque parte da minha vida (estudante) foi passada em portalegre (Liceu e Escola Secundária S. Lourenço, sinto enorme orgulho neste espaço.
Parabéns.
Um Abraço do Patico.
www.paticoarte.fotosblogue.com
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