quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

FOI VOCÊ QUE PEDIU UM FINO DE 64 MILHÕES DE EUROS?



“A estrutura accionista do BCP tornou-se uma Liga dos Últimos, somando grandes prejuízos e grandes dívidas, patrocinadas sobretudo pela Caixa. Quem emprestou e quem pediu emprestado mediu mal o risco e começaram os incumprimentos. Uma hipótese era a Caixa executar as dívidas e ficar com as acções dos clientes, o que a tornaria “dona” do BCP. A alternativa foi renegociar. Mas é estranho que, tendo a Caixa todo o poder, tenha entregue a faca e o queijo ao esfomeado. Aceitou-se como garantia tudo e um par de botas, deram-se carências de capital e de juros (!) e assim se salvaram grandes fortunas falidas do País.

O caso roça o inacreditável no acordo entre a Caixa e Manuel Fino, revelado por este jornal na segunda-feira: o empresário entregou quase 10% da Cimpor à Caixa, mas as cláusulas leoninas foram a seu favor. A Caixa pagou mais 25% do que as acções valem; não pode vender as acções durante três anos; e Fino pode recomprar as acções, o que significa que foi a Caixa que ficou com o risco: se as acções desvalorizarem, perde; se valorizarem, Fino pode recomprá-las e ficar com o lucro. Não há dúvidas de que Manuel Fino fez um óptimo negócio e de que zelou pelos seus interesses. Assim como a Caixa - zelou pelos interesses de Manuel Fino.” (Pedro Santos Guerreiro, Editorial do Jornal de Negócios)

Se deve dinheiro à Caixa, já sabe.

O melhor que lhe pode acontecer é que seja muito, mas mesmo muito, dinheiro.

Talvez a Caixa lhe dê uma prenda de 64 milhões de euros, como fez com Manuel Fino.

Vale sempre a pena sonhar.



P.S.

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18 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Onde é que se instala um ex-presidente quando visita o alto alentejo.....?

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Foda-se!
Eles roubam, fazem vigarices e estão cada vez mais ricos.

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Imagine que tinha uma dívida de 100 mil euros ao banco e que detinha acções no valor de 40 mil euros à cotação do dia, num dia de sorte em que o banco decidiu valorizar-lhas por 100 mil euros e lhas compra por esse preço.
A sua dívida ficaria saldada, o que seria impensável caso vendesse as acções em bolsa.
Bom negócio, não?
Ganharia 60 mil euros inesperadamente, assim por assim, porque alguém benevolente ou fora do seu juízo decide transformar-lhe o dia num dos melhores da sua vida.
Espere.
O dia ainda não terminou.
Porque a generosidade não tem limites, esse Pai Natal ainda lhe dá a possibilidade de, até daqui a 3 anos, poder comprar as acções pelo preço que lhas comprou, o que lhe deixa em aberto a possibilidade de vir a ganhar ainda mais, caso a cotação suba entretanto.
Excelente, não?
Ainda mais porque o banco podia ter tocado no resto do seu património e resolveu não o fazer.

Pois saiba que o Pai Natal existe mesmo e dá 62 milhões de euros de cada vez.
Do seu dinheiro.
Do meu dinheiro.
Do nosso dinheiro.
Com contrapartidas para si próprio que só ele conhece.
E com a conivência de um poder político que o nomeou, habituado a este e a uma sucessão infindável de Natais em que sempre são os mesmos a pagar as prendas e outros mesmos a recebê-las.
Pelos interesses destes últimos tem zelado uma classe política que se vai revezando no poder.
Pelos interesses dos primeiros tem lutado o estraga Natais que denunciou este caso.
Não existe oposição?
Seria um dia de sorte aquele em que os portugueses se decidissem a mudar de vida.

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O nó do problema é ocultado
em prol de princípios de subserviência,
sendo jubilosamente explicitado
com lufa-lufa indolência.

O país é retratado
através deste “socialismo”,
o espírito crítico desencantado
por um devasso maniqueísmo!

Esta política oportunista
tem desprezado o essencial,
a política “socialista”
atrofia o bem-estar social.

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Banco público concede prémio de milhões a devedor?
«O negócio recentemente anunciado entre a Caixa Geral de Depósitos e Manuel Fino, no que concerne à venda de 10% do capital da Cimpor à CGD, é patentemente ruinoso, injusto e, dir-se-ia, mesmo uma afronta ao povo em geral, e aos investidores em particular.

Não é concebível que para evitar dificuldades financeiras de um especulador, o maior banco do Estado (a CGD) vá ao ponto de lhe comprar os seus investimentos falhados 25% acima do valor de mercado, quando na realidade e perante essas mesmas dificuldades, este especulador ou qualquer outro ver-se-ia sempre forçado a vender essas mesmas posições ao preço de mercado ou abaixo deste.

A diferença entre aquilo que a CGD pagou por esta posição e o preço de mercado, foi uma dádiva pura e simples, de mais de 64 milhões de euros, a este especulador, que se podem considerar retirados directamente dos bolsos do povo português para o bolso do especulador.

Acresce que, não satisfeita, a CGD ainda concedeu uma opção de compra ao especulador, de forma a que se a Cimpor eventualmente valorizasse, o especulador poderia nela reentrar (tornar a comprar) sem risco. Isto é perfeitamente absurdo. A CGD colocou-se assim na posição de assumir todo o risco do investimento por vez do especulador e, ainda pior, desde logo entregou mais de 64 milhões ao especulador, pelo privilégio de fazer um negócio que ninguém aceitaria fazer de livre vontade.

Esta aberração ocorre no mesmo momento em que milhares de investidores se vêem a braços com perdas para as quais ninguém se apresta a suavizar pagando acima do mercado. Ocorre ainda no momento em que Portugal está a entrar numa crise profunda, em que centenas de milhar de pessoas perderão o emprego e, no entanto, é ao especulador que a CGD decide entregar dezenas de milhões de euros. Será isto certo? Obviamente não é.

A ser permitido, este negócio representa a morte da meritocracia neste país. Pensamos que as consequências de sequer se considerar este tipo de negócio, estão a ser subavaliadas pelas instituições.

Pedimos firmemente que, dentro do possível, sejam feitos todos os esforços para determinar a nulidade deste acto pirata sobre o povo deste país.

Atenciosamente, um grupo de cidadãos preocupado,”

In http://www.ipetitions.com/petition/CGD/

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Meus caros o Pais está a saque há muito, todos o sabemos, não vale a pena enfiarmos as cabeças no chão como as avestruzes, deveriamos sim, sair a rua e dizer a esta gente BASTA, BASTA DE ROUBAR.
Têm quase o fundo do tacho raspado, devemos estar a espera de que eles fujam todos…..
Parece-me que sim.

sexta-feira, 20 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Esta "estória" só tem um nome: CORRUPÇÃO

sábado, 21 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Chegado o fim-de semana, parece que ainda não se encontrou UM jornalista disposto a ir perguntar ao ainda presidente da CGD, ao Manuel Fino ou ao Teixeira dos Santos, o que tem dizer sobre a negociata.

sábado, 21 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

«Vitória dos corruptos
A luta contra a corrupção tem reflexos eleitorais? As pessoas mudam o sentido de voto quando têm a certeza de que a sua escolha política está imersa em práticas duvidosas (ou mesmo se já não oferece dúvidas algumas)? Julgo que não.
Os portugueses gostam de condenar a corrupção em voz alta mas poucos extraem daí consequências políticas. À partida, quase todos os corruptos notórios são favoritos em eleições locais – e o fenómeno, tudo o indica, está prestes a ganhar estatuto nacional.

Por isso, quando este jornal, por exemplo, divulga os despautérios que ocorrem há décadas em Braga, as suspeitas sobre o Freeport, o caso dos sobreiros ou o negócio dos submarinos, abundam os aplausos mas escasseiam os efeitos. E tudo tende a ficar como dantes.
Carlos Abreu Amorim
Correio da Manhã»

sábado, 21 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Vigaristas, charlatães, armados, em homens de negócios.
Negócios de gente vigarista, que ao longo de anos não fizeram mais que negociatas escuras.

domingo, 22 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Há até quem diga que é bom negócio...para o Partido Socialista.
Mas isso, "deve ser a má-língua, habitual".
Aliás, não é a primeira vez que a CGD dá crédito amplo ao tal Manuel Fino.
Aquando da turbulência no BCP, já Manuel Fino e outros, como o comendador da Bacalhôa, tiveram acesso a dinheiro em caixa, da Caixa, para comprar acções do BCP. Muitas.
Para controlar o banco. Controlaram e depois, essas acções cairam a pique.
O comendador está sem cheta que se veja.
Este, pôs-se mais fino.
Fantásticos saltos à vara, nesta sociedade lusa de negócios com o que é de todos

segunda-feira, 23 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Milhões e milhões
nas mãos da ladroagem,
este pântano de ladrões
tresanda a vilanagem.

A roubalheira desmesurada
dessa gentalha tão respeitável,
a sua aparência esmerada
fede a uma fragrância intragável.

Bárbaro é o mexilhão
para estas mentes impolutas,
tamanha tem sido a (des)governação
com as suas políticas irresolutas!

segunda-feira, 23 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O polémico negócio que a CGD fez com o empresário Manuel Fino foi hoje alvo de discussão no debate quinzenal da Assembleia da República.
Disse o senhor ministro das Finanças que com esta operação a CGD evitou um prejuízo de 80 milhões de euros nas contas do ano passado.
Teixeira dos Santos acrescentou ainda que "foi uma decisão de gestão" do banco público.
Ao mesmo tempo, o Primeiro Ministro afirmava que "o ministro das Finanças pediu informações sobre isso e tem um memorando". E, concluiu, exclamando peremptoriamente: "A Caixa está em condições de prestar esse esclarecimento aos portugueses"! Ainda bem, porque vai ser necessário.

Uma primeira consideração acerca das contas do ministro das Finanças: Teixeira dos Santos acertou mais ou menos no número, mas enganou-se no sinal.
A CGD não evitou um prejuízo.
Na realidade, a CGD incorreu num prejuízo de mais de 90 milhões de euros.
As contas são simples.
Desde o início do ano, a cotação média de fecho da Cimpor foi de 3,66 euros por acção.
O negócio envolveu uma transacção global de 306 milhões de euros, 64 milhões de acções da Cimpor e foi concretizado a 4,75 euros por acção - um prémio de 30%! Abandonando a ficção e regressando à realidade, observa-se que, no mesmo período, o desvio padrão, ou seja, as oscilações em torno da média, foi de 24 cêntimos.
Assim, estatisticamente falando, a probabilidade de que, um dia depois do negócio se concretizar, o título se valorizasse e encerrasse a sessão acima dos 4,75 era apenas de 1%. Ou seja, a probabilidade de que o Estado - perdão, a CGD - fizesse um negócio melhor àquele que fez era de 99%! Sem dúvida, um magnífico negócio...para Manuel Fino.

Como se não bastasse, o senhor Fino possuía em carteira mais acções da Cimpor para além daquelas que vendeu ao Estado - perdão, à CGD.
Na verdade, o senhor Fino manteve um lote mais ou menos igual ao que vendeu 30% acima do preço de mercado, permitindo-lhe ainda manter uma posição significativa na Cimpor, não de 20%, mas agora apenas de 10%.
Ou seja, o Estado - perdão, a CGD - fez um negócio ruinoso.
Pagou 90 milhões a mais do que devia e, provavelmente, deixou de ganhar outro tanto em acções sobre as quais tinha todo o direito de se apropriar.
É que se o senhor Fino estava insolvente, como parecia ser o caso, a CGD tinha todo o direito de exigir todas as acções que pudesse, ou outro património qualquer, até ao limite do empréstimo concedido.

Enfim, o ministro das Finanças ter-se-á equivocado quando utilizou a expressão "evitou prejuízo".
Devia ter falado em custo de oportunidade, porque a perda nunca chegou a ser amortizada pela CGD. Pelo contrário, o dinheiro a mais que pagou por acções que não valiam aquele preço, esse sim, vai sair directamente dos cofres do Estado - perdão, da CGD - e que, sendo um custo de oportunidade, a verdade é que, dadas as circunstâncias, mais parece um prejuízo!
Auto infligido!

quinta-feira, 26 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

-E não acontece nada?
O povo não se revolta?
Alves dos Reis ao lado desta gente é uma criança!

Ninguém investiga se Fino pagou luvas?
É que isto para ser justificado, só com luvas...

O regime está podre...

quinta-feira, 26 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Ficando dúvidas por esclarecer
neste negócio com acções,
vergonhoso é o parecer
destas aberrantes explicações.

Para os ricaços há dinheiro,
às dezenas de milhões,
enchendo o faustoso mealheiro
de investidores brincalhões!

O desconhecimento da situação
é deveras degradante,
sintoma de total desorientação
deste (des)Governo atrofiante!

quinta-feira, 26 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O Diário Económico explicou hoje "Todos os passos do negócio entre Manuel Fino e a Caixa". Infelizmente, sou forçado a manter a mesma opinião que exprimi ontem: foi um péssimo negócio para os contribuintes portugueses.

Regressemos, portanto, ao início da história. A CGD emprestou dinheiro à Investifino, cerca de 500 milhões de euros, para esta especular à vontade no mercado accionista. A garantia para este empréstimo foram outros títulos, cujo rácio de cobertura excedia os 100%. Entretanto, em 2008, o mercado de acções deteriorou-se, as garantias perderam valor e a CGD, naturalmente, viu-se obrigada a pedir um reforço das mesmas e a escolher entre três hipóteses. Hipótese A (sugerida por Manuel Fino): não reforçar as garantias, ou seja, nada fazer. Hipótese B: executar as garantias. Hipótese C: comprar metade da posição da Investifino na Cimpor com um prémio de 25 a 35%, de forma a reduzir a dívida do grupo perante o banco. Pois bem, a opção final recaiu sobre a Hipótese C.

Afirma a CGD que "o facto de ter pago 4,75 euros por cada acção da Cimpor, mais 25% do que o valor destas em bolsa, é perfeitamente justificado pelo facto desta participação ser “um bloco de acções relevante” e ter “um prémio de controlo implícito”, uma vez que estes 9,58% no capital da cimenteira são considerados como uma participação “charneira” no controlo accionista da empresa, sobre os quais são pagos normalmente prémios entre os 25 e os 35% sobre o preço das acções." Francamente! Esses prémios só se praticam em condições de negociação normais. Por outras palavras, quando uma das partes, a Investifino, não tem poder negocial, o lógico é que não haja lugar ao pagamento de qualquer prémio - pelo menos, não dessa magnitude. Além disso, o tal prémio de que nos fala a CGD (25 a 35%) representa uma métrica de "Bull Market", ou seja, aplicável em tempo de vacas gordas. O problema é que ainda estamos em plena época de vacas magras. A administração da CGD que vá perguntar aos seus colegas da Caixa BI e pergunte-lhes quantas operações de fusão realizaram estes nos últimos doze meses? Nicles. O negócio está parado.

Infelizmente, o surrealismo subjacente às premissas da CGD não pára ali. É que o banco do Estado acrescenta ainda que "o preço pago pela CGD pelas acções de Manuel Fino na Cimpor é considerado como sendo inferior ao habitualmente praticado, e até é inferior em cerca de 19% à média da cotação nos últimos dois anos. A Caixa Geral de Depósitos nota ainda que a média dos preços-alvo dos analistas para os títulos da Cimpor é superior em 16,8% ao preço de 4,75 euros pago pelos títulos da Cimpor." Ora batatas! Primeiro, quase todos os títulos mundiais estão abaixo da cotação média dos últimos dois anos. O PSI20 está 45% abaixo da cotação média dos últimos dois anos. Segundo, que culpa têm os contribuintes da má avaliação que, em média, os analistas fizeram do preço da Cimpor? Nenhuma. Portanto, para que serve um "price target" que no momento da transacção era 50% superior ao preço de mercado? Para nada.

Por fim, a CGD argumenta ainda com os dividendos que agora passará a receber da Cimpor realçando que "normalmente a Cimpor tem gerado para os seus accionistas retornos entre os 5 e os 6% por ano". Lamentavelmente, este número não corresponde à realidade da Cimpor. De acordo com os dados importados da Bloomberg, de 1999 até hoje, o dividendo da Cimpor apenas excedeu o intervalo apontado pela CGD no passado muito recente. Na verdade, nos últimos dez anos, a taxa de dividendos que a empresa, em média, pagou aos seus accionistas foi de 3,7% ao ano. Antes de impostos! Ou seja, em termos líquidos, depois de impostos, menos de metade do intervalo esperado pela administração da CGD.

Entretanto, a Cimpor encerrou hoje a 3,11 euros por acção, muito distante dos 6 euros por acção que valia quando a Investifino se decidiu alavancar junto da CGD para investir ainda mais no mercado accionista. Ou seja, para recuperar essa marca, a Cimpor terá de valorizar mais de 90%. Infelizmente, nos últimos dez anos, a valorização média anual dos títulos da empresa foi apenas de 7% ao ano, com um desvio padrão de 26 pontos percentuais. Estatisticamente falando, isto significa que a probabilidade de que a cotação da Cimpor regresse aos 6 euros por acção em menos de um ano é quase nula - para ser rigoroso, é de 1%. Se o título se comportar em linha com a média de longo prazo, pode demorar 11 anos até recuperar a fasquia dos 6 euros. Vá lá, talvez 8 anos, se introduzirmos os dividendos. Enfim.

Sabem uma coisa? Esta história faz-me lembrar o BPP. A diferença é que a CGD contabilizou o empréstimo concedido à Investifino no balanço, ao passo que o BPP optou por colocar parte do seu próprio passivo fora do balanço. E a outra diferença é que, no caso do BPP, o Estado mandou-o às urtigas (e bem), sacrificando com isso alguns clientes do seu negócio de gestão de patrimónios; no caso da Investifino, o Estado não quis "gerar instabilidade na estrutura accionista da Cimpor", sacrificando com isso todos os contribuintes. Tivesse a CGD executado os 20% da Investifino na Cimpor ao preço de mercado de então (fora do mercado cotado) e teria recuperado 430 dos 500 milhões de euros - cerca de 85% do montante em dívida. E apenas 15% acima do preço de mercado - a 4,25 euros por acção - estaria mais do que "break-even". Assim não; pagou 4,75 euros por acção - 30% acima do preço de mercado -, ficou apenas com metade do lote de acções que podia reclamar e agora corre o risco de poder ficar a penar durante uns longos 8 anos!

quinta-feira, 26 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Há filhos e enteados
nesta democracia decadente,
quem tem os bolsos recheados
obterá mais milhões, facilmente.

O mexilhão endividado
conta os seus tostões,
mas, o investidor malfadado
enche-se com muitos milhões!

quinta-feira, 26 fevereiro, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O governo gostou ou não do negócio da CGD com o sr. Fino? Sócrates, apesar das notícias que até os cegos leram e os surdos ouviram, só "tomou conhecimento" da coisa na terça-feira de carnaval. O ministro das finanças fez umas contas e considerou o negócio "um mal menor". Por seu lado, o presidente da CGD entendeu que aquelas noticias bastavam e só comunicou o negócio à CMVM. Regresso à pergunta inicial. Ou seja, ficamos sem saber o que é que o maior accionista da CGD - o Estado - pensa realmente de um negócio que aparentemente lhe passou ao lado e que consequências tira desse "pensamento". Dá ideia que não pensa grande coisa.

sexta-feira, 27 fevereiro, 2009  

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