SONETO DA HORA QUIETA
Gordo pastor desse rebanho imenso
e todavia dócil incapaz de um gesto
de rebeldia o Deus Bojudo da Prudência
suas quietas reses mal vigia
Os galhos novos das árvores não acordam
em seus dentes a fúria de roer
seus cascos não conhecem som de rochas
escarpadas nem a vertigem dos barrancos
As mães lhes deram a beber nas frouxas tetas
o pavor do lobo e o goso do remanso
da erva pouca mas ao pé da boca
Enorme o cajado do pastor
é uma árvore de plácidas folhas quietas
à sombra da qual todo o rebanho dorme
e todavia dócil incapaz de um gesto
de rebeldia o Deus Bojudo da Prudência
suas quietas reses mal vigia
Os galhos novos das árvores não acordam
em seus dentes a fúria de roer
seus cascos não conhecem som de rochas
escarpadas nem a vertigem dos barrancos
As mães lhes deram a beber nas frouxas tetas
o pavor do lobo e o goso do remanso
da erva pouca mas ao pé da boca
Enorme o cajado do pastor
é uma árvore de plácidas folhas quietas
à sombra da qual todo o rebanho dorme
Teresa Rita Lopes
Para cantar se calhar
Etiquetas: Poesia, Teresa Rita Lopes
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