Onde estás, minha vida em câmara lenta,
janela toda aberta onde procuro
o vento, a luz da noite? Onde estarás,
melodia cantada a soluçar
numa cama de grades? Onde estás,
olhar dessas visões em sobressalto,
Casal da Bela Vista, velho pátio
ao som da bicicleta? Onde ficaste,
infinito terraço da Alameda,
varanda cor-de-rosa da Parede
com o sol a morrer sobre Cascais?
Onde estás, corredor de São FIlipe
praia do Monte Branco onde outro eu
se lançava da prancha? Onde estarão
os risos desses primos transparentes,
as lágrimas acesas transparentes,
as lágrimas acesas que brilhavam
como arco-íris de seda no meu rosto?
Onde ficou a última pergunta
em véspera de viagem? Onde estás
o mapa dessa alma que foi espuma,
o nó dessa garganta submersa?
janela toda aberta onde procuro
o vento, a luz da noite? Onde estarás,
melodia cantada a soluçar
numa cama de grades? Onde estás,
olhar dessas visões em sobressalto,
Casal da Bela Vista, velho pátio
ao som da bicicleta? Onde ficaste,
infinito terraço da Alameda,
varanda cor-de-rosa da Parede
com o sol a morrer sobre Cascais?
Onde estás, corredor de São FIlipe
praia do Monte Branco onde outro eu
se lançava da prancha? Onde estarão
os risos desses primos transparentes,
as lágrimas acesas transparentes,
as lágrimas acesas que brilhavam
como arco-íris de seda no meu rosto?
Onde ficou a última pergunta
em véspera de viagem? Onde estás
o mapa dessa alma que foi espuma,
o nó dessa garganta submersa?
Fernando Pinto do Amaral
Pena Suspensa
Etiquetas: Fernando Pinto do Amaral, Poesia
3 Comentários:
A Luisa Moreira é mal agradecida teve a oportunidade de fazer um jornal a sério e falhou por culpa própria e é mal educada basta ver a forma mal educada com que escreve pela ultima vez felizmente no Distrito
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Princípio, meio e fim
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É bom quando as coisas são assim: - Completas. Feitas com princípio, meio e fim. Foi assim, julgo, que aconteceu com a minha colaboração no Distrito de Portalegre e, agora que este percurso chega ao fim, em tempo de despedidas e balanço, sabe-me bem achar que o processo decorreu com normalidade e se cumpriu sem acidentes.
Comecei a escrever em 1990, data fácil de fixar porque foi no ano do nascimento da minha sobrinha preferida, a minha menina querida, a minha moreninha de olhos imensos que vi crescer e de quem tenho saudades todos os dias. Mas isso não interessa nada. O que interessa, e mesmo que não interesse serve para texto, é que comecei a escrever há quase dezanove anos e, desde então, semanalmente, interrompendo apenas nos períodos de férias do Jornal, sempre colaborei publicando a minha crónica.
A dada altura, não sou já capaz de precisar datas, tentei, com amigos fazer um outro Jornal. Não deu certo e foi uma experiência dolorosa… O Distrito continuou sempre. Passei por várias direcções do Jornal. Lembro-me que, no início, deixava a disquete com o texto num ponto que previamente acordara com o senhor João Trindade e nem conhecia o director. Ultimamente, tive um contacto mais próximo com o director que agora cessa funções, o senhor padre João Coelho. Foi o senhor padre João Coelho quem me pediu ajuda, estava muito sobrecarregado de trabalho, e sempre o ajudei o melhor que pude. Conversávamos muito, passávamos algumas tardes e manhãs, com o senhor Zé Augusto, revendo provas, procurando as melhores fotografias, tentando seleccionar os melhores títulos. Juntos, decidíamos a pertinência de textos, seleccionávamos entrevistas a fazer, procurávamos a originalidade e a qualidade dentro, sempre, das imensas limitações orçamentais com que nos debatíamos. Muitas vezes, tínhamos ideias fantásticas e eu, com o sonho que me caracteriza, imaginava (im)possíveis fascinantes para o nosso Jornal. Eram a experiência e bom senso do senhor padre João que me devolviam a realidade…
Aprendi muito, nestes últimos anos, pois eu apenas sabia como escrever textos de jornal, era currículo do meu curso, não sabia como fazer o jornal. No DISTRITO, para além dos profissionais com quem contactei, conheci também outros colaboradores e, posso dizê-lo, fiz novos amigos. Os leitores, na sua larga maioria, mimaram-me sempre e nunca vou esquecer, nunca mesmo, as palavras simpáticas que me diziam no supermercado, no café e nas ruas da cidade. Há rostos que passei a identificar como leitores amigos, a quem passei a sorrir sinceros bons-dias cada vez que nos cruzamos. Acho, sinceramente, que são os leitores que justificam um projecto destes e, por isso, sem dúvida termino a minha colaboração semanal com a convicção de ter cumprido bem a minha tarefa e de ter encontrado cumplicidades em muitos leitores. A todos, um imenso Obrigada com a força do nosso Alentejo! Havia também ódios crescentes, leitores que discordavam completamente de mim, mas sempre o fizeram com frontalidade e respeito e, por isso, obrigada também.
Agora, chega ao fim um processo. Tudo tem um fim, não é nenhum drama. Vejo o Distrito continuar, percebo a existência de novas linhas de orientação e desejo ao Semanário que tão bem conheço as maiores felicidades e êxitos. Apetecia-me, confesso, fazer sugestões, recomendações, pedidos até. Mas não o faço. Conscientemente, recuso-me a sugerir ou a recomendar seja o que for porque acho que a nova equipa deve ter direito a total liberdade, deve ter até o privilégio de poder cometer os seus próprios erros. Não espero nada do Distrito. Porque acho que é o Distrito que tem de esperar de nós: - Que não o abandonemos! Eu vou tentar…
Adeus a todos!
Porque O Meu Mundo (Continua) a não existir… FIM!
opinião | Maria Luísa Moreira| 05/02/2009 | 09:54 | 3743 Caracteres
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Copyright© O Distrito de Portalegre
'Adeus a todos!'
Adeus Luisinha. Vai, mas não voltes!
Ias dando cabo do Distrito, como fizeste ao jornal da tua irmã, o Jornal do Alentejano.
E com que então já não te lembravas do nome?!
Mas a senhora passa por algum lado que não estrague?
Há quem diga que é problema crónico das mulheres daquela família, que os homens são boa gente.
Há famílias assim!...
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