CRÍTICA DA POESIA
Que a frenética poesia me perdoe
se a um baço rumor levanto o laço,
pois que verso não há onde não soe
a música discreta doutro espaço.
Horizonte do verso é a dureza:
já mansidão não cabe neste olhar
que se pousa na faca sobre a mesa
e aprende nela o fio do seu cantar.
Mas se olhar nela pousa, como corta?
E se as palavras sabemos retomar,
quem nos devolve a chave dessa porta
onde a herança está por encerrar?
Tão longe está de nós a poesia
como nuvem nos rouba a luz do dia.
se a um baço rumor levanto o laço,
pois que verso não há onde não soe
a música discreta doutro espaço.
Horizonte do verso é a dureza:
já mansidão não cabe neste olhar
que se pousa na faca sobre a mesa
e aprende nela o fio do seu cantar.
Mas se olhar nela pousa, como corta?
E se as palavras sabemos retomar,
quem nos devolve a chave dessa porta
onde a herança está por encerrar?
Tão longe está de nós a poesia
como nuvem nos rouba a luz do dia.
Luis Filipe Castro Mendes
Viagem de Inverno
Etiquetas: Luis Filipe Castro Mendes, Poesia
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial