CARTA DE UM PROFESSOR SOCIALISTA
Caros colegas,
Sou militante do PS desde 1989 e estive no dia 29 de Novembro na sede do PS, Largo do Rato. Não tive a oportunidade de intervenção porque houve bastante participação. Inscrevi-me, mas confesso que abdiquei da minha intervenção pois iria repetir-me. Em resumo: insistência e muita propaganda para validar o modelo a qualquer custo. A divisão da carreira é para continuar, sendo que foi demonstrado cabalmente que não corresponde ao mérito mas sim a redução de custos e que mais de 2/3 dos professores jamais a atingem. Quero deixar a mensagem que só muito poucos é que tiveram a coragem de dizer as verdades. Enfim, a pressão é muita e o satus presente não permitiu que todos nos sentissemos "livres".
Porque sou socialista, porque acredito num verdadeiro PS e não neste, porque quero e luto por um PS mais justo, mais digno, mais fraterno... irei fazer greve assim como muito dos colegas presentes. Quero ainda dizer-vos: Este PS está aflito. Vai recorrer a tudo o que puder para levar por diante toda esta maquinação. Dizem que não podem perder a face.
Nós professores também não! Se ganharmos agora, ganhamos todos! Se perdermos neste momento, jamais nos levantaremos! O PS de Sócrates e não dos socialistas tudo irá fazer para nos vergar. Isto é uma certeza. Cabe-nos a nós resistir, porque resistir é vencer!
Aguardo melhores dias para o meu verdadeiro PS.
PS: Foi dito por um colega que neste momento o PS já tinha perdido a maioria e que se arriscava mesmo a perder as eleições com esta luta contra os professores. Este PS não está mesmo preocupado... e todos nós julgamos saber porquê. Quem vier a seguir que feche a porta, pois estes já têm lugar de estadia e vôo marcado para destinos definidos e bem remunerados.
Professor socialista que não vota neste PS.
Porque sou socialista, porque acredito num verdadeiro PS e não neste, porque quero e luto por um PS mais justo, mais digno, mais fraterno... irei fazer greve assim como muito dos colegas presentes. Quero ainda dizer-vos: Este PS está aflito. Vai recorrer a tudo o que puder para levar por diante toda esta maquinação. Dizem que não podem perder a face.
Nós professores também não! Se ganharmos agora, ganhamos todos! Se perdermos neste momento, jamais nos levantaremos! O PS de Sócrates e não dos socialistas tudo irá fazer para nos vergar. Isto é uma certeza. Cabe-nos a nós resistir, porque resistir é vencer!
Aguardo melhores dias para o meu verdadeiro PS.
PS: Foi dito por um colega que neste momento o PS já tinha perdido a maioria e que se arriscava mesmo a perder as eleições com esta luta contra os professores. Este PS não está mesmo preocupado... e todos nós julgamos saber porquê. Quem vier a seguir que feche a porta, pois estes já têm lugar de estadia e vôo marcado para destinos definidos e bem remunerados.
Professor socialista que não vota neste PS.
Etiquetas: Educação, José Sócrates, M. L. Rodrigues, Partido Socialista
3 Comentários:
Em 18 anos de actividade docente, nunca fiz greve! Mas no próximo dia 3 de Dezembro vou fazer greve!
* Vou fazer greve contra uma Ministra que ofende e humilha os Professores!
* Vou fazer greve contra um Ministério que substituiu a pedagogia pela demagogia e pela mentira!
* Vou fazer greve contra uma Ministra que, tendo vergonha de ter sido professora do antigo ensino primário, oculta esse facto da sua biografia oficial.
* Vou fazer greve contra um Ministério que continua cegamente a implementar políticas educativas ruinosas que só produzem alunos ignorantes e destituídos de valores.
* Vou fazer greve contra um Ministério que engana todo o País com a burla dos exames nacionais sem exigência!
* Vou fazer greve contra um Ministério que promove o facilitismo e o sucesso puramente estatístico!
* Vou fazer greve contra um Ministério que estimula a indisciplina e o absentismo dos alunos!
* Vou fazer greve contra uma Ministra que viola sistematicamente o Estado de Direito com actos administrativos e textos normativos feridos de ilegalidade e de inconstitucionalidade!
* Vou fazer greve contra um Ministério que desautoriza e menoriza os professores!
* Vou fazer greve contra um Governo que continua a mentir aos Portugueses dizendo que os Professores nunca foram avaliados!
* Vou fazer greve contra um Governo que transformou a educação em instrumento de propaganda e luta partidária!
* Vou fazer greve contra um Governo que não tem pejo de manipular os órgãos da comunicação social contra as justas reivindicações dos docentes!
* Vou fazer greve contra um Governo que está a destruir a Escola Pública para promover o ensino privado!
* Vou fazer greve contra um Ministério que dividiu artificialmente os Professores em duas categorias com base em critérios ilegítimos, como estratégia de imposição das suas nefastas políticas educativas!
* Vou fazer greve contra um Governo que destruiu a Democracia nas escolas!
* Vou fazer greve contra um Ministério que quer transformar os Professores em técnicos de ocupação dos tempos livres!
* Vou fazer greve contra um Ministério que sacrifica a verdade da avaliação à mentira dos resultados forjados!
* Vou fazer greve contra um Governo que quer instalar a confusão e a discórdia entre os membros da Comunidade Educativa para impor as suas políticas autoritárias!
* Vou fazer greve contra um Ministério que inferniza a vida pessoal e familiar dos professores com tarefas burocráticas inúteis, com grave prejuízo dos Alunos!
* Vou fazer greve contra um Governo que engendrou um suposto modelo de avaliação que tem como únicos propósitos controlar o défice orçamental e promover o sucesso artificial dos Alunos!
* Vou fazer greve contra um Ministério que escraviza os Professores com inúmeras actividades e funções não remuneradas!
* Vou fazer greve contra um Ministério que oculta ou desvaloriza a crescente indisciplina e violência nas escolas!
* Vou fazer greve contra um Governo que, em desespero, usa todos os artifícios e maquinações para impedir ou minimizar os efeitos desta greve!
* Vou fazer greve em defesa da Escola Pública, para bem dos Alunos e de Portugal!
Distrito de Portalegre:
Escolas encerradas
EB1 Carreiras
EB1 Praceta
EB1 Alagoa
EB1 Fortios
EB 2,3 José Régio
1º CEB e Pré-escolar do Agrupamento nº1
EB1 Gavião
EB1 Belver
EB1 Comenda
EB1 Vale de Gaviões
JI Comenda
JI Moinho do Torrão
JI Vale de Gaviões
EB1 Castelo de Vide
JI Castelo de Vide
JI Povoa e Meadas
EB1 Casa Branca
JI Casa Branca
JI Santo Amaro
EB1 Cabeço de Vide
JI Cabeço de Vide
JI Fronteira
EB1 nº1 Campo Maior
EB1 Degolados
JI Degolados
EB1 Barulho
JI Esperança
EB1 Ervideira
EB1 Galveias
EB1 Longomel
EB1 Tramaga
EB1 Vale de Açor
JI Ervideira
JI Galveias
JI Longomel
JI Tramaga
JI Vale de Açor
JI Ponte de Sôr
JI Vale do Arco
EB1 Vale do Arco
EB2,3 nº2 Elvas
EB1 Boa Fé
JI Boa Fé
EB1 Raposeira
JI Raposeira
EB1 Fontainhas
JI Fontainhas
EB1 Barbacena
EB1 Santa Eulália
EBI São Vicente
EB1 Terrugem
EB1 Vila Fernando
JI Santa Eulália
JI São Vicente
JI Terrugem
JI Vila Boim
JI Vila Fernando
«Não houve aulas mas as escolas não fecharam...»
Inefável Valter o Lemos confirma que não houve aulas em quase escola nenhuma neste país mas que as escolas não fecharam, na sua maioria.
Substitui-se a função principal das escolas pela de armazenagem de população estudantil.
Tudo na linha desta "avaliação" de não-professores, em que tudo conta e interessa... menos ensinar.
Serviram, por isso, as escolas de depósitos de crianças.
Eu acho que com esta solução de armazenagem horizontal toda a gente ficou satisfeita.
Os pais, que ficaram com os filhos nas escolas. A fazer o quê? Isso não interessa.
Os Conselhos Executivos e os poucos auxiliares que, sem professores nas escolas, tiveram eles próprios que tomar conta de centenas de garotos sem ocupação. Penso que também ficaram satisfeitos com esta solução senão tinham fechado as escolas.
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