TERMINOU A 22ª BAJA DE PORTALEGRE 500/2008
Chegar, ver e vencer, eis o que se pode dizer da participação da Mitsubishi nesta 22.ª edição da Baja BP Ultimate Portalegre 500, com o triunfo incontestável de Stéphane Peterhansel na estreia mundial do Racing Lancer que, depois de ter assumido o comando da prova no segundo dia, controlou perfeitamente os acontecimentos na derradeira etapa, confirmando que a equipa está no caminho certo para o desenvolvimento do carro.
Como é lógico, Stéphane Peterhansel mostrou-se bastante satisfeito à chegada da prova, depois da segunda vitória consecutiva em estradas portuguesas. Cumpridos os três dias de competição, com uma quilometragem total de 581,4 km, Peterhansel terminou com uma vantagem superior a quatro minutos:
«Adorei o percurso desta edição da Baja de Portalegre. Apesar das condições técnicas tão específicas desta prova, que mais se assemelham a um rali com pisos escorregadios este ano, temos ainda que testar novas afinações, mas estamos claramene no bom caminho».
Filipe Campos (BMW X3) secundou o francês da Mitsubishi no pódio e sublinhou que «foi uma prova espectacular. Quero dar os parabéns ao Stéphane, mas o meu carro não tinha andamento para o Racing Lancer. Como balanço da temporada ganhei tudo o que havia para ganhar - Campeonato Nacional e Taça de Veteranos - o que transformou esta época na melhor de sempre. Quero, ainda, dar os parabéns ao José Megre pelos 22 anos da Baja de Portalegre, uma prova sempre muito especial para mim».
Na estreia ao volante do BMW X3., Miguel Barbosa garantiu o último lugar do pódio. «Com um carro novo há sempre que experimentar diferentes afinações para o adaptar ao meu estilo de condução. No entanto, agora não foram suficientes para um andamento mais rápido. Mas quando se muda de variáveis no jogo, raras são as vezes em que tal não acontece. Agora há que evoluir, fazer mais quilómteros para conseguir uma adaptação superior.».
Para este derradeiro dia da Baja de Portalegre, a discussão entre Rui Sousa (Isuzu) e Majed Al-Ghamebi (Mitsubishi) mantinha-se em aberto na luta pelo título na categoria T2 da Taça Internacional FIA de Bajas Todo-o-Terreno, embora o português tivesse já iniciado o sector com uma vantagem superior a quatro minutos sobre o piloto do Qatar. E, na chegada a Portalegre, Sousa confirmou a vitória tendo destacado que «tivemos uma luta muito interessante, mas nunca pensei que o andamento do Majed fosse tão rápido. Esteve, de facto, à altura e tive de rodar sempre muito depressa ao longo dos três dias da prova».
Por sua vez, Al-Ghamdi perdeu ainda mais tempo para Sousa neste último dia de prova na sequência de um furo em que a mudança da roda foi bastante demorada, tendo sublinhado que «embora tenha perdido a Taça para o Rui Sousa quero dar-lhe os meus parabéns. Para este último dia de prova, a escolha dos pneus não se mostrou ser a mais correcta».
Pedro Grancha (Nissan) foi um dos pilotos mais azarados neste último dia de prova. «Problemas de travões não me deixaram manter a quarta posição final, imponderáveis que por vezes nos acontecem na competição automóvel».
Já Ricardo Leal dos Santos, sexto classificado, sublinhou na chegada a Portalegre que «o BMW X5 se mostrou muito favorável em pisos de lama, mas em zonas secas é mais instável. Apesar de tudo, faço um balanço muito positivo, sem esquecer o problema surgido com o turbocompressor que me fez perder algum tempo».
O checo Miroslav Zapletal (Mitsubishi) assegurou a sétima posição final após três dias de plena regularidade nas estradas alentejanas. «Os troços fazem lembrar um autêntico rali numa prova em que não posso deixar de destacar a excelente organização a todos os níveis»
Em termos de T2 nacional, o único título que estava ainda em aberto, Nelson Clemente partia com alguma vantagem sobre os seus mais directos adversários e praticamente bastava-lhe terminar a prova para vencer o Campeonato, o que veio a suceder: «Foi uma época sofrida, com alguns problemas, mas no final acabei por ser o mais regular e creio ter mereceido amplamente este título.»
Nuno Matos (Nissan) venceu a Categoria T8 e no final sublinhou «que nos últimos quilómetros tivemos problemas com o turbo, o que nos levou a parar diversas vezes para acrescentar óleo. Depois, à entrada do parque fechado, o Terrano II também não se mostrou colaborante, o que nos levou a penalizar quatro minutos. Mesmo assim, em termos globais, fazemos um balanço positivo desta nova presença em Portalegre»
Classificação Final Auto:
1º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mitsubishi Racing Lancer), 6h 11m 48,0s;
2º Filipe Campos/Jaime Baptista (BMW X3), a 4m 03s;
3º Miguel Barbosa/Luís Ramalho (BMW X3), a 10m 37s;
4º Tonnie van Deijne/Wouter Rosegaar (Mitsubishi L200 Evo), a 24m 02s;
5º Pedro Grancha/ Paulo Primaz (Nissan Navara Off Road), a 25m 18s;
6º Ricardo Leal dos Santos/João Luz (BMW X5), a 26m 51s;
7º Miroslav Zapletal/Tomás Ourednicek (Mitsubishi L200), a 28m 56s;
8º João Ramos/Vítor Jesus (Toyota RAV 4), a 36m 04s;
9º Pedro Gameiro/Manuel Dominguez (Nissan Navara), a 41m 34s;
10º Rui Sousa/Carlos Silva (Isuzu D-Max), a 46m 35s.
Etiquetas: 22ª Baja Portalegre 500, Alto Alentejo, Baja 2008, Portalegre
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