O AVARENTO
No meio de seus cofres, desvelado,
Co'as tampas levantadas, rasas de ouro,
Cevando a vista está no metal louro
Dele o cioso Avarento namorado.
Temendo que lhe venha a ser roubado,
Emprega alma e vida em seu tesouro,
Girando com os olhos, qual besouro,
Zumbindo sem cessar, afervorado.
Fechado nele está, com sete portas,
Com temor de algum fero arrombamento
De astutas invenções, de ideias tortas.
Não emprega em mais nada o pensamento.
Cega ambição de vãs riquezas mortas!
Quão infeliz não és, louco avarento!
Co'as tampas levantadas, rasas de ouro,
Cevando a vista está no metal louro
Dele o cioso Avarento namorado.
Temendo que lhe venha a ser roubado,
Emprega alma e vida em seu tesouro,
Girando com os olhos, qual besouro,
Zumbindo sem cessar, afervorado.
Fechado nele está, com sete portas,
Com temor de algum fero arrombamento
De astutas invenções, de ideias tortas.
Não emprega em mais nada o pensamento.
Cega ambição de vãs riquezas mortas!
Quão infeliz não és, louco avarento!
Francisco Joaquim Bingre
Sonetos
Etiquetas: Francisco Joaquim Bingre, Poesia
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