FOME
Há rastos de lume nos olhos
de poeira erguida ao redor dos passos
de gente que se levanta
e não come e não dorme e se consome
enquanto os dias à beira da água parados
bebem o tranquilo pousar das aves
enquanto as almas crescem como trigo
dentro de cada gesto e explodem
o fogo devora
o fogo é isto no fundo dos olhos
de poeira erguida ao redor dos passos
de gente que se levanta
e não come e não dorme e se consome
enquanto os dias à beira da água parados
bebem o tranquilo pousar das aves
enquanto as almas crescem como trigo
dentro de cada gesto e explodem
o fogo devora
o fogo é isto no fundo dos olhos
Pires Laranjera
Vinte e seis poemas iniciais
Etiquetas: Pires Laranjeira, Poesia
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