A Caixa controla a Cimpor? A Caixa explicou-se: pagou mais 25% (que entretanto já são mais 53%) pelas acções da Cimpor a Manuel Fino porque esse é o prémio típico em tomadas de controlo. Com 9,58% do capital controla-se a Cimpor? É estranho, mas controla-se. E é também isso que convoca a perplexidade para este caso.
Não é apenas a Caixa e Manuel Fino que estão em causa - é a maior empresa industrial do País. A Cimpor é um colosso, a maior multinacional portuguesa (em presenças geográficas de relevo) e quem lá trabalha conquistou respeito. Mas respeito não é proteccionismo nem tensões latentes entre grandes accionistas, aliás, em prejuízo dos pequenos.
Vamos por partes: a defesa da Caixa. É compreensível que a administração de Faria de Oliveira se sinta ofendida por se ter tornado arma de arremesso político. Que sinta assimetria entre os ataques que lhe fazem e a defesa que pode fazer, pois está amarrada ao segredo bancário. Que sinta que o próprio ministro das Finanças tenha falado demais (violando esse segredo?), quando revelou que a Caixa perderia 80 milhões se não fizesse o negócio. E que sinta que se está a beneficiar o infractor, pois perante problemas semelhantes ao de Fino, BES e BCP estão a preferir dar carências às dívidas, assim atirando o problema para debaixo do tapete.
É mesmo injusto que os óptimos resultados da Caixa, apesar das imparidades (que assume por inteiro, ao contrário de outros), tenham sido relegados para segundo plano. Mas Faria de Oliveira não pode dizer que não se pode falar disto: um banco cotado presta contas a milhares de accionistas; um banco público presta a dez milhões. O elogio dos "stakeholders" não pode ser um exercício de retórica, mas de bom governo de sociedade.
É evidente que o negócio que a Caixa fez com Manuel Fino foi melhor que uma execução da dívida, que obrigaria a reconhecer um malparado milionário. A questão nunca foi essa - mas se se fez um bom negócio e se se faz o mesmo tipo de negócio com outros endividados aflitos. A Caixa tinha poder para exigir ficar com as acções ao preço de mercado (Fino não tinha alternativa). E de fixar outras condições que não uma opção de compra ao preço de aquisição mais 6% a 8% ao ano. Se as acções disparem 50%, por que não há-de a Caixa ficar com todo o lucro, já que correu o risco (risco que, aliás, já está pagar, pois as acções já desvalorizaram)? Mais: por que não há-de a Caixa poder não vender de novo a Manuel Fino daqui a três anos? A CGD podia ter sido tronco mas decidiu ser junco. Foi uma opção.
Agora a Cimpor: 9,58% é uma posição de controlo por más razões. A Caixa não contribuiu para elas, mas foi precisamente por defesas de centros de decisão nacional que se cometeram as maiores loucuras naquela empresa, incluindo o veto político de vergonha (de Pina Moura) a uma OPA lançada por Pedro Queiroz Pereira com a Holderbank. Construiu-se um eixo em torno do BCP, com Fino e a Teixeira Duarte, e convocou-se a Lafarge para vencer a OPA. Foi um negócio de má memória, Queiroz Pereira chamou mentiroso a Pina Moura e acusou os accionistas de concertação, o que obrigaria ao lançamento de uma OPA. A CMVM ficou-se, nunca se provou essa concertação, mas que há hoje dois blocos na Cimpor até a Caixa o assume. E por isso ela fica fiel de uma balança onde gravita uma paz podre que prejudica as cotações - e, nisso, os pequenos accionistas.
Nós aprendemos bem nos últimos anos o que é que as instabilidades accionistas fazem às empresas: desviam energias e destroem valor. A Cimpor precisa de tudo menos disso. Era bom que a deixassem em paz, mas ela está no meio de uma guerra fria. A Caixa acabou de entrar nela. Vai controlar o quê?
Pedro Santos Guerreiro Jornal de Negócios 27 de Fevereiro de 2009
Este filhos da puta, roubaram e continuam a roubar. Roubar é a sua arte e nunca foram presos o desgraçado que roubou uma galinha para comer é que vai preso. Razão tinha o Otelo que os quis fuzilar no Campo Pequeno, maldita a hora que não o fez. Isto estava melhor com certeza.
Faria de Oliveira, o presidente da Caixa, foi ao Parlamento reconhecer que o negócio com Manuel Fino foi um “mal menor”. Mais indicou que o banco do Estado emprestou dinheiro a 12 empresas do PSI 20 em condições semelhantes às que contratualizou com o Fino da Cimpor. Mas, não se preocupem, diz Faria de Oliveira, explicando melhor o seu plano: “Vamos obviamente esperar que não aconteçam mais situações de grande queda da… da bolsa…“Ah, então se é assim já estamos mais sossegados. Pena ter dito isso na semana em que Wall Street não parou de descer, já vai nos valores de 1997, e não dá sinal de parar a sangria. O que é preciso é fé. E a carteira recheada para compensar estes finos negócios.
8 Comentários:
A Caixa controla a Cimpor?
A Caixa explicou-se: pagou mais 25% (que entretanto já são mais 53%) pelas acções da Cimpor a Manuel Fino porque esse é o prémio típico em tomadas de controlo. Com 9,58% do capital controla-se a Cimpor? É estranho, mas controla-se. E é também isso que convoca a perplexidade para este caso.
Não é apenas a Caixa e Manuel Fino que estão em causa - é a maior empresa industrial do País. A Cimpor é um colosso, a maior multinacional portuguesa (em presenças geográficas de relevo) e quem lá trabalha conquistou respeito. Mas respeito não é proteccionismo nem tensões latentes entre grandes accionistas, aliás, em prejuízo dos pequenos.
Vamos por partes: a defesa da Caixa. É compreensível que a administração de Faria de Oliveira se sinta ofendida por se ter tornado arma de arremesso político. Que sinta assimetria entre os ataques que lhe fazem e a defesa que pode fazer, pois está amarrada ao segredo bancário. Que sinta que o próprio ministro das Finanças tenha falado demais (violando esse segredo?), quando revelou que a Caixa perderia 80 milhões se não fizesse o negócio. E que sinta que se está a beneficiar o infractor, pois perante problemas semelhantes ao de Fino, BES e BCP estão a preferir dar carências às dívidas, assim atirando o problema para debaixo do tapete.
É mesmo injusto que os óptimos resultados da Caixa, apesar das imparidades (que assume por inteiro, ao contrário de outros), tenham sido relegados para segundo plano. Mas Faria de Oliveira não pode dizer que não se pode falar disto: um banco cotado presta contas a milhares de accionistas; um banco público presta a dez milhões. O elogio dos "stakeholders" não pode ser um exercício de retórica, mas de bom governo de sociedade.
É evidente que o negócio que a Caixa fez com Manuel Fino foi melhor que uma execução da dívida, que obrigaria a reconhecer um malparado milionário. A questão nunca foi essa - mas se se fez um bom negócio e se se faz o mesmo tipo de negócio com outros endividados aflitos.
A Caixa tinha poder para exigir ficar com as acções ao preço de mercado (Fino não tinha alternativa). E de fixar outras condições que não uma opção de compra ao preço de aquisição mais 6% a 8% ao ano. Se as acções disparem 50%, por que não há-de a Caixa ficar com todo o lucro, já que correu o risco (risco que, aliás, já está pagar, pois as acções já desvalorizaram)? Mais: por que não há-de a Caixa poder não vender de novo a Manuel Fino daqui a três anos?
A CGD podia ter sido tronco mas decidiu ser junco. Foi uma opção.
Agora a Cimpor: 9,58% é uma posição de controlo por más razões. A Caixa não contribuiu para elas, mas foi precisamente por defesas de centros de decisão nacional que se cometeram as maiores loucuras naquela empresa, incluindo o veto político de vergonha (de Pina Moura) a uma OPA lançada por Pedro Queiroz Pereira com a Holderbank. Construiu-se um eixo em torno do BCP, com Fino e a Teixeira Duarte, e convocou-se a Lafarge para vencer a OPA. Foi um negócio de má memória, Queiroz Pereira chamou mentiroso a Pina Moura e acusou os accionistas de concertação, o que obrigaria ao lançamento de uma OPA. A CMVM ficou-se, nunca se provou essa concertação, mas que há hoje dois blocos na Cimpor até a Caixa o assume. E por isso ela fica fiel de uma balança onde gravita uma paz podre que prejudica as cotações - e, nisso, os pequenos accionistas.
Nós aprendemos bem nos últimos anos o que é que as instabilidades accionistas fazem às empresas: desviam energias e destroem valor. A Cimpor precisa de tudo menos disso. Era bom que a deixassem em paz, mas ela está no meio de uma guerra fria. A Caixa acabou de entrar nela. Vai controlar o quê?
Pedro Santos Guerreiro
Jornal de Negócios
27 de Fevereiro de 2009
Este filhos da puta, roubaram e continuam a roubar.
Roubar é a sua arte e nunca foram presos o desgraçado que roubou uma galinha para comer é que vai preso.
Razão tinha o Otelo que os quis fuzilar no Campo Pequeno, maldita a hora que não o fez. Isto estava melhor com certeza.
"Tenho muita curiosidade em saber como é que ao se comprar um activo acima do valor do mercado se consegue reduzir as imparidades",
Fernando Ulrich
Presidente do BPI
Finos = Ladrões
Finos = Vigaristas
Finos = Exploradores de Operários
Resumindo:
Finos = A GRANDES FILHOS DA PUTA DESTA CIDADE.
os Finos esperem pelos Serrotes e vamos ver o que se segue
Vamos ver a ajuda que vão dar na Câmara
já estão a ajudar a gastar mais uns cobres dos cofres que segundo se diz pouco ou nada terão
Faria de Oliveira, o presidente da Caixa, foi ao Parlamento reconhecer que o negócio com Manuel Fino foi um “mal menor”. Mais indicou que o banco do Estado emprestou dinheiro a 12 empresas do PSI 20 em condições semelhantes às que contratualizou com o Fino da Cimpor. Mas, não se preocupem, diz Faria de Oliveira, explicando melhor o seu plano: “Vamos obviamente esperar que não aconteçam mais situações de grande queda da… da bolsa…“Ah, então se é assim já estamos mais sossegados. Pena ter dito isso na semana em que Wall Street não parou de descer, já vai nos valores de 1997, e não dá sinal de parar a sangria. O que é preciso é fé. E a carteira recheada para compensar estes finos negócios.
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