sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MAIS UMA DA CORJA DE VIGARISTAS ...


O Partido Socialista inviabilizou a audição do Dr. Dias Loureiro na Assembleia da República sobre as eventuais fraudes e crimes praticados por alguém no BPN.
Veja-se aqui:O PS está aqui [BPN] com uma cortina de fumo que ninguém entende
Porquê?
A Assembleia da República é o local , político, próprio para serem ouvidos vários indivíduos no caso BPN.
Entre os quais o Dr. Dias Loureiro, actual Conselheiro de Estado, ex-Ministro e que teve uma passagem pelo BPN.
A situação estava tanto mais facilitada quanto é certo que o Dr. Dias Loureiro mostrou disponibilidade.
O Partido Socialista parece ter medo, estar profundamente receoso do caso BPN.
Porquê?
Nos Estados Unidos da América (EUA) é normal que no âmbito de vários escândalos responsáveis pelos organismos públicos , ou bancos, sejam ouvidos no Congresso.
É muito estranha a posição do PS, porque parece que foi ele o único a inviabilizar a audição do Dr. Dias Loureiro.
Não colhe o argumento, meramente eufemistico, do PS segundo o qual o assunto está nos tribunais.
Já vimos o PS ter outras atitudes na Assembleia da República.
O POVO PORTUGUÊS , no qual reside a soberania, está estupefacto e ansioso para saber o que se passou e como são gastos os dinheiros públicos.
O Povo que emigra , o Povo que passa fome, o Povo que trabalha honestamente e só vê golpadas .
O Povo está a pensar que vários individuos que exerceram cargos políticos, de grande destaque , praticaram crimes no âmbito do BPN. Individuos de vários partidos.
Não sei o que o Dr. Dias Loureiro quer dizer , mas entendo que está determinado a revelar a sua versão, na Assembleia da República.
O que é de grande relevância ética, porque não se esconde em qualquer Templo Maçónico, por exemplo no do GOL e no seu secretismo para falar.
Quer ir à Assembleia da República.
Vai correndo entre o Povo a informação que há um individuo de nome António Silva, que terá dado uma golpada no BPN num negócio da Marina de Albufeira.
Milhões de euros, diz-se nos mentideros. Ou como diziam os romanos Fama est.
Não sei quem é , mas parece que há alguém com pinças muito delicadas a tentar gerir a situação, para não causar problemas.

Quem é esse António Silva?

Será que o Dr. Dias Loureiro sabe algo desse tal António Silva e dos milhões da Marina de Albufeira e não é conveniente isso vir à tona de água?
A atitude do PS e a cambalhota do Governo no caso da avaliação de professores, mais a pressãozinha do Presidente da República, logo tratada numa grande envolvência mediática no dia de hoje, deixa-nos intrigados.
É muito triste ver como a Democracia portuguesa se porta, como é diferente o sistema do dos nossos parceiros europeus...
Não me parece que a atitude do PS seja a mais condizente com o respeito que o Povo merece.
Respeito intelectual e respeito político.
Porquê a atitude do Partido Socialista?

Terá isto tudo algo a ver com a situação do caso Freeport e a investigação da polícia britânica?
A propósito, qual é o escritório de advogados que terá recebido os 4 milhões de contos das luvas do negócio Freeport que os serviços policiais britânicos descobriram?

E quem é o político envolvido?

O BPN terá também sido usado?


J.M.M.

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14 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

O Público avança que o futuro do Banco Privado Português (BPP) está nas mãos das autoridades e que, nos últimos dias, o Governo tem procurado encontrar uma solução para evitar a sua falência.

Será oportuno recordar como é que o Governo justificou a constituição da garantia estatal de 20 mil milhões de euros: destinava-se a ser usada pelos bancos comerciais que concedem crédito aos particulares e às empresas. E esta actividade não está entre as que o BPP desenvolve. O BPP é um banco diferente e tem clientes diferentes do comum dos mortais: cerca de 3000 detentores de grandes fortunas que lhe confiaram o seu dinheiro e outros activos para que, em jogos de especulação, fazendo-os circular por paraísos fiscais de modo a isentá-los de impostos, o banco os fizesse ainda mais ricos, numa lógica de private equity (foi objecto de postagem aqui) da qual o país não recolheu qualquer benefício. Mas eles sim. Enriqueceram assim durante anos e agora o jogo deixou de correr de feição. E agora o Governo desdobra-se em esforços para que não percam as fortunas que ganharam à margem de uma sociedade para a qual não contribuíram e estuda a hipótese de fazer que essa mesma sociedade seja solidária com as suas perdas. Não há pretexto que justifique que 1 cêntimo sequer do dinheiro dos contribuintes sirva para esse fim. Nem mesmo o pretexto universal de evitar o “risco sistémico” de alastramento da desconfiança no sistema financeiro à banca comercial, que tem servido para tudo. São mundos diferentes e, para além do mais, o risco sempre existiu, devidamente remunerado. Se o BPP falir, os únicos afectados serão os seus clientes e a tensão que nascer nas suas relações secretas com aquele poder político que não regateará esforços para os proteger, nem que tal signifique sacrificar os interesses de quem os elegeu. Saberemos quem são, por estes dias.

sexta-feira, 21 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Recordam-se disto que foi jornal Público em 2-Junho-2008:

«Suspeitas de tráfico de influências foram arquivadas pelo MP em Março
Estado gastou 485 milhões em negócio que valia um quinto
02.06.2008 - 09h31 Mariana Oliveira
O Estado está a pagar por uma rede de comunicações do Ministério da Administração Interna um total de 485,5 milhões de euros, cinco vezes mais do que poderia ter gasto se tivesse optado por outro modelo técnico e financeiro.

A conclusão vem num relatório escrito em Maio de 2001 pelo primeiro grupo de trabalho que estudou a estrutura desta rede de comunicações e a baptizou de Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Este sistema permitirá aos elementos das várias forças de segurança, dos serviços de informação, da emergência médica e da protecção civil comunicarem entre si.

O presidente desse grupo de trabalho, Almiro de Oliveira - um especialista em sistemas e tecnologias da informação com mais de 30 anos de docência universitária -, não consegue encontrar justificação para a discrepância de números, até porque o equipamento que foi adjudicado tem quase as mesmas funcionalidades do que aquele que idealizou.

"No nosso relatório prevíamos um investimento inicial entre 100 e 150 milhões de euros. A isso acrescentávamos dez por cento por ano, que corresponderia ao custo de exploração", precisa o professor universitário, que recorda que hoje, face à desvalorização da tecnologia, os valores do investimento inicial rondarão entre 70 e 105 milhões de euros. Quanto aos dez por cento de custos de exploração, Almiro de Oliveira sustenta que estes não estariam sempre a somar ao investimento inicial.

"Dever de cidadania"
"Tínhamos como princípio base o princípio do utilizador-pagador, ou seja, cada entidade utilizadora do sistema pagaria uma factura de acordo com o seu tráfego. No fim de cada período, a entidade gestora ou tinha prejuízo ou lucro: se tivesse prejuízo esse valor somava-se ao investimento adicional, se tivesse lucro abatia", justifica o perito, consultor de empresas e da administração pública.

Almiro de Oliveira explica que só agora decidiu falar sobre o SIRESP porque nunca foi ouvido no inquérito aberto pelo Ministério Público (MP) à polémica adjudicação do sistema - feita pelo ex-ministro da Administração Interna Daniel Sanches, já quando o Governo de Santana Lopes se encontrava em gestão corrente. "Esperei três anos pelos trabalhos e conclusões das autoridades judiciais num Estado de Direito... Entendi falar agora por este ser um dever de cidadania", diz.

Ligações perigosas
O inquérito, motivado por suspeitas de tráfico de influências e participação económica em negócio na adjudicação do SIRESP a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), foi arquivado em Março deste ano. O relatório final do grupo de trabalho de Almiro de Oliveira também consta do "dossier", mas ninguém lhe deu importância. Nem os relatórios da Polícia Judiciária nem o despacho de arquivamento, assinado pelo inspector do MP Azevedo Maia, fazem qualquer referência ao documento. Nenhum dos membros que fizeram parte do grupo foi ouvido.

No despacho de arquivamento, Azevedo Maia admite que não se esgotou a produção de prova, mas considerou que mais não seria necessário para a sua decisão. Quanto ao comportamento do ex-ministro Daniel Sanches, o inspector descreve os vários cargos que este tinha no grupo SLN antes de entrar para o Governo, mas remata dizendo: "Não resulta porém dos autos que, ao proferir o despacho de adjudicação do concurso para a criação e implementação do SIRESP já durante o Governo de gestão, isso tivesse algo a ver com as suas ligações àquelas empresas do grupo SLN", a quem o sistema seria então adjudicado por 538,2 milhões de euros.

O ministro António Costa veio depois decretar a nulidade da adjudicação com base num parecer da Procuradoria-Geral da República, mas decidiu voltar a renegociar o contrato com o mesmo consórcio liderado pela SLN (onde também entraram a PT Venture, a Motorola e a Esegur). Retirando algumas funcionalidades ao sistema, Costa acabaria por adjudicá-lo por 485,5 milhões de euros.

Polícias usam a maioria dos 5000 terminais
Neste momento são elementos da GNR e da PSP que estão a usar a maioria dos 5000 terminais de comunicações do SIRESP, uma rede que também permitirá, por exemplo, que elementos da Judiciária falem através de um aparelho parecido com um telemóvel com membros dos bombeiros, do SIS, da PSP, dos serviços prisionais ou do INEM, entre outros.

Actualmente, cada instituição tem um sistema de comunicação próprio, normalmente incompatíveis entre si, o que impede que em casos de catástrofe ou grandes eventos se faça uma boa articulação dos meios no terreno.

Segundo nota escrita enviada pelo Ministério da Administração Interna (MAI), existem neste momento 5000 terminais a funcionar em Lisboa, Santarém, Coimbra, Portalegre e Leiria. Ainda este ano acrescerão os utilizadores do município de Lisboa, ou seja, a protecção civil e os bombeiros locais, além da polícia da autarquia. Apesar de serem públicas algumas queixas das polícias quanto à dificuldade de comunicarem com os terminais dentro de algumas esquadras, o MAI garante que não têm surgido queixas operacionais sobre o SIRESP.

Segundo o ministério, já foram pagos 24 milhões de euros à sociedade que ficou de receber os montantes a pagar pelos serviços do consórcio vencedor, a SIRESP, SA. Os valores em falta deverão ser pagos, duas vezes ao ano, até 2020. Nessa data ficarão saldados os 485,5 milhões de euros por que o SIRESP foi adjudicado ao consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios. Quanto à instalação total do sistema no terreno, ela deve terminar bem antes, no final de 2009.

Segundo o planeamento da rede, estão neste momento em instalação as estações base (antenas) de Beja, Viseu, Évora e Metro de Lisboa. Se tudo correr como previsto, seguem-se, no segundo semestre deste ano, Porto, Aveiro, Setúbal, Madeira e o Metro do Porto, ainda em estudo. Em 2009 deverão ser instaladas antenas em Castelo Branco, Braga, Guarda, Faro, Viana, Bragança e Vila Real.

Na passada quinta-feira, o Governo aprovou o procedimento que permitirá a aquisição de um mínimo de 18 mil e um máximo de 40 mil equipamentos. O montante máximo definido para cada terminal é de 850 euros, ou seja, 15,3 milhões de euros para os 18 mil terminais rádio.

Cinco protagonistas num negócio que atravessou quatro governos

António Guterres
Em Agosto de 1999, um Conselho de Ministros presidido pelo então primeiro-ministro António Guterres estabelece que é vital garantir a operacionalidade entre as comunicações de emergência e segurança, considerando aconselhável a instalação de uma infra-estrutura única que sirva de suporte às várias polícias, protecção civil e outras entidades. A decisão restringe as soluções tecnológicas ao sistema Tetra. Em Janeiro de 2001 é criado um grupo de trabalho para estudar o futuro sistema, presidido por Almiro de Oliveira, que pressiona o Governo - então acusado de já ter a decisão parcialmente tomada, ao optar pelo Tetra - no sentido de alargar o leque de soluções tecnológicas.

Daniel Sanches
Magistrado do Ministério Público desde 1973, Sanches foi director adjunto da PJ entre 84 e 88. Passou ainda pela direcção do SEF entre 88 e 94, ano em que se tornou director do Serviço de Informações de Segurança. Em 2000 larga todos os cargos na administração pública para se tornar consultor e administrador de empresas no grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN), ao qual, a 23 de Fevereiro de 2003 - na qualidade de ministro da Administração Interna do Governo Santana Lopes e três dias depois de perder as eleições legislativas -, adjudica um contrato de 538,2 milhões de euros. No grupo SLN foi administrador da Pleiade, presidente da Vsegur e secretário da assembleia geral do BPN.

Manuel Dias Loureiro
Foi ministro da Administração Interna de Cavaco Silva, deputado do PSD e presidente da mesa do congresso, sendo um dos notáveis do partido. O seu nome aparece ligado desde o início ao negócio do sistema de comunicações do Estado, já que na altura em que Daniel Sanches adjudicou o SIRESP à SLN, Dias Loureiro era administrador não executivo do grupo. Fazendo questão de dizer que não tinha qualquer quota na "holding", nunca soube explicar que interesses defendia no grupo, já que não era um administrador de carreira. Por outro lado, foi, como Daniel Sanches, administrador da Pleiade e também esteve com este na Vsegur, antes de Sanches integrar o Governo de Santana Lopes.

José Oliveira e Costa
Ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, Oliveira e Costa era o presidente do grupo SLN na altura em que Daniel Sanches fez a primeira adjudicação do SIRESP ao consórcio. A sua filha é presidente de uma das empresas do grupo, a Datacomp, que também faz parte do consórcio vencedor. Ambos foram constituídos arguidos no processo judicial arquivado em Março. O BPN, do grupo SLN, está neste momento a ser investigado na "Operação Furação", que avalia suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Há ainda outro inquérito a correr contra o BPN, que teve por base queixas de pessoas que integram o próprio banco. Oliveira e Costa afastou-se da presidência mas mantém-se na retaguarda.

António Costa
O ministro da Administração Interna de José Sócrates apanha o "dossier" SIRESP numa altura em que Daniel Sanches já tinha feito a adjudicação ao único consórcio que apresentou uma proposta, a SLN. António Costa pediu vários pareceres sobre o SIRESP e foi apoiado num, da Procuradoria-Geral da República, que decretou nula a adjudicação feita por Sanches. Como o concurso continuava válido não podia anulá-lo, mas podia simplesmente optar por não adjudicar o sistema à SLN, considerando que a proposta feita não era satisfatória. Não foi essa a sua decisão e voltou a renegociar o contrato, conseguindo descer o preço em cerca de 50 milhões de euros depois de prescindir de algumas funcionalidades do sistema. »

Perceberam as ligações da corja de vigaristas?

sexta-feira, 21 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Mais dos mesmos:

«Em Setúbal
Convento de Brancanes avaliado por Defesa em 1,5 milhões a mais que valor da venda
11.06.2008 - 10h46 José António Cerejo
O Convento de Brancanes (Setúbal) foi avaliado há 11 anos pelo Ministério da Defesa em 4,9 milhões de euros - mais 44 por cento do que os 3,4 milhões que uma imobiliária liderada pelo advogado António Lamego por ele pagou ao Estado em Novembro.

A avaliação feita em 1997 não tinha em conta a eventualidade de ali virem a ser erguidas novas construções, enquanto as duas avaliações feitas em 2006 (e que apontam para valores próximos daquele pelo qual a propriedade foi vendida) pressupunham a construção de um hotel de cinco estrelas e mais 33 moradias ou, em alternativa, 48 moradias e apartamentos.

O Ministério das Finanças recusa-se a identificar os responsáveis pelas últimas avaliações.

Cedido pelo Ministério da Defesa ao da Justiça em 1998, mediante o pagamento de quatro milhões de euros, o antigo convento passou a servir de prisão. O estabelecimento prisional foi extinto em 2007, e o imóvel foi entregue à Estamo, imobiliária do Estado, que de imediato o pôs à venda.

O valor de 3,4 milhões de euros pelo qual esta empresa tutelada pelo Ministério das Finanças o vendeu à Diraniproject III - empresa cujo capital estava quase integralmente nas mãos de António Lamego, antigo sócio do actual ministro da Justiça, Alberto Costa - ficou 600 mil euros abaixo daquele que o Ministério da Justiça tinha pago por ele nove anos antes.

Quando o PÚBLICO divulgou, a 10 de Janeiro, a notícia desta desvalorização do convento e dos mais de 46.000 m2 de terreno que o rodeiam à entrada de Setúbal, os ministérios das Finanças e da Justiça divulgaram um comunicado conjunto onde sustentavam que o valor pago pela Justiça corresponde a "uma operação estritamente orçamental e interna à administração pública", valor que "não é comparável" à venda agora efectuada pelo Estado com base "em valores de mercado previamente validados mediante avaliações promovidas para o efeito".

O processo de reafectação do imóvel ao Ministério da Justiça mostra, porém, que o montante daquela "operação estritamente orçamental" foi objecto de intenso regateio entre os dois ministérios e que assenta numa avaliação que atribuiu ao convento um valor de 4,9 milhões de euros.

Subscrita em Março de 1997 por um tenente-coronel de engenharia da Direcção-Geral de Infra-Estruturas do Ministério da Defesa, a avaliação em causa limitou-se aos terrenos e às construções existentes, não considerando a hipótese, que o actual Plano Director Municipal (PDM) exclui, de vir a ser possível urbanizá-los \u2013 circunstância em que o seu valor seria muito superior.

Face ao montante proposto, o Ministério da Justiça pediu uma reapreciação do assunto, acedendo a Defesa a baixar o valor a pagar para quatro milhões de euros. O então ministro da Justiça, Vera Jardim, ainda insistiu numa segunda redução, para 3,5 milhões de euros, mas a Defesa não cedeu.

No Verão de 2006, quase um ano antes de se tornar dona do convento, a Estamo pediu duas avaliações da propriedade, na perspectiva de a vender a privados, como era intenção do Ministério das Finanças. Efectuadas por entidades que a empresa e a tutela se recusam a revelar, alegando "segredo comercial", as duas avaliações apontam, respectivamente, para 3,2 e 3,3 milhões de euros, ligeiramente menos que os 3,4 pagos no ano seguinte pela Diraniproject III.

Uma destas últimas avaliações, contudo, parte do princípio de que será possível transformar o convento setecentista num condomínio com 21 apartamentos, construindo-se de raiz mais 48 moradias. Já a outra aponta para transformação do convento num hotel de cinco estrelas e para a construção de mais 33 moradias, com uma área construída total de 9100 m2.

Na posse destas duas avaliações, a Estamo subiu a fasquia. Em Maio de 2007, pediu à Câmara de Setúbal que incluísse na revisão do PDM, actualmente em curso, a possibilidade de transformar o convento num hotel ou numa unidade de saúde e de erguer 14.500 m2 de novas construções.

Estamo quer contruir mais

A ser aceite esta proposta, a propriedade ficará fortemente valorizada em relação às duas avaliações que validaram a sua venda, uma vez que permitirá construir mais 60 por cento do que aquilo que elas admitiram. A informação depois disponibilizada aos potenciais interessados na compra não contemplou o pedido feito à Câmara de Setúbal. De acordo com a documentação cuja consulta a empresa facultou ao PÚBLICO na semana passada, houve dez propostas de aquisição, mas só sete satisfaziam os requisitos do anúncio de venda.

Do processo consta uma acta da Comissão de Abertura e Análise de Propostas, com a lista dos concorrentes e preços propostos, mas não há lá qualquer relatório de avaliação ou proposta de adjudicação. Além dos nomes das entidades avaliadoras, a administração da Estamo apagou dos documentos disponibilizados todas as referências que pudessem identificar os concorrentes.»

sexta-feira, 21 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Mas há-de chegar o dia em que se vai descobrir o rasto completo de cada cêntimo dos 485 milhões (valor total) do negócio adjudicado pelo Governo socialista à Sociedade Lusa de Negócios (SLN) em 18-5-2006.

sexta-feira, 21 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

No PS é só vigaristas, ainda falta ver as implicações do Jorge Coelho nisto tudo.

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Dias Loureiro é crédulo e incompetente. Durante 30 minutos foi esta a sua explicação para a original participação que teve no BPN. Assinava as contas, mas nunca deu por nada porque “havia um administrador do banco em quem eu confiava completamente”. Em quatro anos, o BPN mudou quatro vezes de auditores de contas, mas Dias Loureiro nem se apercebeu do facto. A mesma coisa com o Banco Insular. Igual ignorância no negócio do Siresp, do seu braço-direito Daniel Sanches, mas com quem Dias Loureiro nunca trocou uma palavra sobre o assunto. A vida do BPN era um mistério para o conselheiro de Estado. Afinal, ele só se preocupava com os cimentos. É verdade que as empresas que comprou em Porto Rico não apareceram nas contas, mas Oliveira e Costa explicou-lhe que era só até ser criada uma holding tecnológica que aguardava autorização do Banco de Portugal. Dias Loureiro nunca deu por nada, nunca soube de nada, ninguém lhe contava nada. Mas, pelo sim pelo não, vendeu todas as acções e tirou todo o dinheiro que tinha no banco. A credulidade tem limites, convenhamos. Dias Loureiro conhece-os bem.

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Há coisas fantásticas, não há?
Depois de ter injectado mais de 800 milhões de euros no BPN, para salvar a face do ministro responsável pela segurança social e capitalizar um banco à beira da falência, a Caixa Geral de Depósitos pede aval ao Estado de dois mil milhões de euros.

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Em entrevista à RTP, ontem à noite, Dias Loureiro disse que não participou nem teve conhecimento de irregularidades no Banco Português de Negócios (BPN) e que confiou sempre nas boas intenções e na boa gestão de José Oliveira e Costa: “não acredito que ele tenha feito isso para benefício pessoal”. “Isso” são as irregularidades e os crimes de que Oliveira e Costa, ex-presidente do BPN, está indiciado e que ontem lhe valeram a prisão preventiva depois de ser ouvido pelo juiz.

Foi um programa comovente, em que Dias Loureiro mostrou ao país a sua inocência. Não sabia de nada. Nem da ocultação do negócio da compra das duas empresas em Porto Rico, em que esteve envolvido, porque Oliveira e Costa lhe mostrou 10 itens onde esse prejuízo estava reflectido. Mas a RTP perdeu uma oportunidade histórica de aproveitar as novas tecnologias e introduzir o julgamento popular em directo: para “inocente”, premir a tecla verde, para menino bonzinho enganado pelas más companhias, prima a tecla vermelha e tecla azul para “este tipo devia era ter sido ouvido no Parlamento em vez de se pôr para aqui com estas coisas”. Nenhuma tecla para culpado, afinal a RTP é a estação pública, tem a função de promover a educação para a cidadania, e os julgamentos fazem-se é nos Tribunais.

Actualização: António Marta, uma das personagens dos contos do serão com Dias Loureiro, veio a público exigir mais dois botões para a enquete: “mentiu” e “fez confusão com a pessoa”. Só me tramam a vida. Nem sei bem que cor dar a cada um.

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

MAIS VIGARICES E CORRUPÇÃO DA CORJA DO PARTIDO SOCIALISTA:

«PS suspeito de donativos ilegais
Por Luís Rosa
José Lello, dirigente do PS responsável pelas contas do partido, foi implicado por Aníbal Araújo – cabeça de lista pelo círculo Fora da Europa, nas legislativas de 2005 – no caso do alegado financiamento ilícito da campanha socialista no Brasil.

Estão em causa várias dezenas de milhares de euros, alegadamente pagos por um empresário português radicado no Brasil e que é suspeito neste país de corrupção para expansão do jogo clandestino.

No inquérito aberto na Entidade das Contas (EC), órgão que fiscaliza as contas dos partidos, Aníbal Araújo responsabilizou os órgãos nacionais do PS pelo financiamento da campanha brasileira. Araújo, que não chegou a ser eleito, afirmou, numa carta enviada à EC a 20 de Outubro último, que José Lello não só o convidou para cabeça de lista independente, como «assumiu a coordenação da campanha eleitoral durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2005» – lê-se na carta a que o SOL teve acesso.»

No:SOL

CÁ PELA CIDADE COMO FOI?

HOUVE TANTOS EUROS POR BAIXO DA MESA!

OH CEIA CONTA LÁ QUEM TE FINANCIOU E A TROCO DO QUÊ?

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

A propósito da muito suspeita recusa do PS em ouvir Dias Loureiro no Parlamento, não sei porquê, lembrei-me disto:
"Sócrates/biografia: Dias Loureiro diz-se "emocionado" com "afectividade" do primeiro-ministro

Lisboa, 30 Jun (Lusa) -- O ex-ministro e ex-secretário-geral do PSD Dias Loureiro afirmou hoje que a afectividade do actual primeiro-ministro foi a característica que mais o "emocionou" na leitura do livro "Sócrates -- o menino de outro do PS".
Manuel Dias Loureiro e o dirigente socialista António Vitorino fizeram a apresentação da biografia do primeiro-ministro, livro da editora "A Esfera dos Livros" da autoria da sub-directora da Antena 1 Eduarda Maio.

Na sessão de apresentação do livro, não esteve presente qualquer ministro do actual Governo e apenas compareceram alguns secretários de Estado, casos de Fernando Serrasqueiro e de José Miguel Medeiros.

Na plateia, estavam sentados deputados socialistas como Maria de Belém, Marques Júnior, Miranda Calha, José Junqueiro e Renato Sampaio, e dirigentes do PS como José Mota (presidente da Câmara de Espinho) e Rui Oliveira e Costa.

Na sua intervenção, Manuel Dias Loureito, ex-secretário-geral do PSD e ex-ministro de Cavaco Silva, fez rasgados elogios sobre o trabalho da autora, Eduarda Maio, salientando a credibilidade das fontes utilizadas pela jornalista não só para fazer a biografia de Sócrates mas também sobre o perfil do actual chefe do Governo.

"O lado dos afectos [em Sócrates] foi dos que mais me emocionou, o seu amor pela sua terra Vilar de Maçada [em Trás-os-Montes]. Estão em Vilar de Maçado os valores que o amarram à vida", disse.

Neste ponto, Dias Loureiro foi ainda mais longe.

"Há duas coisas que não podemos escolher: os nossos pais e a terra onde nascemos. Temos a obrigação de respeitar essa herança, amá-la e transmiti-la", afirmou, destacando depois no actual primeiro-ministro socialista características como "a enorme generosidade" e "a sensatez e prudência".

Na perspectiva de Dias Loureiro, essa sensatez e prudência de Sócrates esteve bem patente "na caminhada" que o levou à direcção do PS.

Ainda sobre as características que retirou do actual líder do PS após ter feito a leitura do livro, Dias Loureiro sublinhou os seus "traços de coragem", o "homem trabalhador" e o "homem de detalhes".

"Só quem está atento aos detalhes pode fazer grandes coisas. Essa é uma característica dos grandes homens", comentou o ex-ministro de Cavaco Silva, antes de referir "a capacidade de liderança" e a "capacidade estratégica" do actual chefe do Governo.

No final da sua intervenção, Manuel Dias Loureiro foi longamente aplaudido pela plateia, maioritariamente socialista.

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

HOJE PRECISO

Hoje preciso
Duma palavra amiga
Uma palavra que diga:
Estou contigo.

Hoje preciso
Que alguém pense em mim
E que eleve o seu pensamento
E diga: Boa sorte.

Hoje preciso
Acreditar, acreditar
Que depois de um dia cinzento
O sol amanhã vai brilhar.

Hoje preciso
Saber suportar, saber crescer
Saber ter esperança e fé.

Hoje preciso
Ser quem sou e seguir em frente
No meu caminho.

Hoje preciso
De Ti.
Aires Plácido

sábado, 22 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Cavaco Silva foi ou não accionista da Sociedade Lusa de Negócios?
Se Cavaco Silva tem depósitos no BPN, como afirma este comunicado, então isso quer dizer o presidente estava perante um conflito de interesses quando assinou a lei de nacionalização do BPN.

domingo, 23 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Para quê votar nesta gente?...
Sou velho o suficiente para saber que a bronca do BPN é a ponta do iceberg da corrupção que envolve políticos e ex-políticos. Os casos multiplicam-se, mas a maior parte é abafada, permanecendo "submersos"... por conveniente falta de provas.

"O poder corrompe", não tenho a menor dúvida! Conheci indivíduos que chegaram ao poder animados das melhores intenções, mas rapidamente foram envolvidos pelas redes de interesses. Uns debandaram, a maior parte deixou-se corromper.

A observação dos factos, leva-me a crer que há dois tipos de políticos corruptos: os "burros", que tentam enriquecer rapidamente, enquanto exercem cargos públicos; e os "espertos", que vão vendendo favores que lhes garantem depois funções "altamente lucrativas", ao deixarem os cargos públicos.

Quantos políticos sabemos que enriqueceram de um momento para o outro?

A propósito, um alto quadro de um país lusófono onde a corrupção é elevada, disse-me uma vez: "o problema do desenvolvimento no nosso país, é que há uma alta rotação nos cargos políticos e quando alguém chega ao poder - antes de sair - tem que canalizar todos os seus esforços para roubar o mais que puder e fica sem tempo para governar".

Por cá, a grossa maioria dos apanhados são ou foram do PS ou do PSD. Porquê? Porque, além destes partidos terem fraca matriz ideológica e para eles confluírem muitos oportunistas, são os que têm mais acesso ao poder, o "tal" que corrompe. Ora, sabendo isto, para quê votar nesta gente?..

domingo, 23 novembro, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Ainda Oliveira e Costa não se habituou à sua nova residência e já a sua detenção está a provocar ondas de choque que levaram mesmo o Presidente da República a emitir um comunicado manifestando a sua indignação por aquilo a que chama tentativas de associar o nome do Presidente da República à situação do Banco Português de Negócios (BPN). No comunicado, cuja necessidade ninguém entende, o Presidente da República chega mesmo a informar que ele e a sua esposa “não devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade”, como se recorrer ao crédito bancário pudesse ser motivo de dúvidas sobre o comportamento ético de um cidadão.

Quer queira, quer não, Cavaco Silva vai ouvir o seu nome associado não aos negócios do BPN mas aos seus responsáveis, personalidades como Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Miguel Cadilhe, Rui Machete e outros que faziam parte da primeira linha do cavaquismo nos tempos em que o actual Presidente da República era primeiro-ministro. Foi durante o seu governo que Oliveira e Costa se notabilizou por conceder perdões fiscais, chegando ainda a ser acusado de várias perseguições fiscais, incluindo a Nobre Guedes, então dirigente do CDS.

Dias Loureiro, um dos seus braços direitos de sempre, tentou usar o parlamento e, como este não o permitiu, recorreu à televisão numa tentativa de provar a sua inocência à margem das investigações e antes que estas se lembrassem dele. Só não se entende é a razão porque quebrou o seu longo silêncio para anunciar a sua inocência na praça pública, o lógico seria esperar ser ouvido pelo Ministério Público ou manifestar a sua disponibilidade para ser ouvido. Mas não, preferiu dizer aos portugueses que comprava empresas duvidosas porque é distraído e assinava de cruz porque para ele a contabilidade é coisa de sábios e o Oliveira e Costa era um bom fulano. Só não explicou como se chega a rico sem saber fazer contas, comprando empresas fantasmas e sem fazer as contas, um verdadeiro milagre.

Parece que a culpa é toda do Oliveira e Costa (eleito boi da piranha deste processo) em quem confiou, e do Banco de Portugal a quem denunciou as dúvidas sobre o seu amigo, precisamente aquele em quem tinha confiado ao ponto de desaparecerem dezenas de milhões de euros debaixo do seu nariz. Portanto, Dias Loureiro, o homem do aparelho do PSD e das secretas, deixou-se enganar e ainda por cima o Banco de Portugal não lhe deu ouvidos. Se já sabíamos que Dias Loureiro foi um político bem sucedido, agora soubemos que o conseguiu apesar de ser ingénuo.

Já tínhamos um malandro, o Oliveira e Costa, agora temos um segundo, o António Marta que não só fez ouvidos de mercador perante as denúncias de Dias Loureiro, como, ainda por cima, se veio a revelar um "mentiroso". Coitado do Dias Loureiro, foi enganado por alguém em confiava e agora é vítima de António Marta, é caso para se dizer que já não se pode ser honesto neste país, é-se enganado por um amigo e quando se vai alertar António Marta, um amigo do amigo Beleza, este vem dizer tudo ao contrário, que o Dias Loureiro não denunciou nada, que apenas queria saber o que o BdP sabia sobre o BPN. Alguém acredita que Dias Loureiro iria fazer uma coisa destas? É por estas e por outras que não há como fazer as coisas por escrito, o que neste caso até seria a forma mais lógica e transparente.

Enfim, estava tudo a correr bem até ao momento em que Oliveira e Costa foi detido.

segunda-feira, 24 novembro, 2008  

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