ATRAVESSAR O DESERTO
Repetem-se as palavras como a erva.
Entre o corpo o muro há um vazio voraz.
Este é o intervalo entre os flancos da terra
Esta a boca sem lábios que lê os ossos da página.
O poema reúne todas as partes vivas.
A palavra apaga-se na nudez que se propaga.
As letras renascem de uma inércia atroz.
O corpo é um soluço sem sol e sem palavras.
Como passar o deserto sem a água do silêncio?
Como atravessar a página sem a sombra das letras?
As perguntas são ardentes imagens que se despem.
A nudez recomeça entre todas as letras.
O sentido percorre os ombros do silêncio.
Não há diferença alguma entre o corpo e a sombra.
O poema é legível nesta unidade obscura.
A claridade é o livre interrogar que avança.
O poema é o ardor do espaço, o deserto incandescente.
Entre o corpo o muro há um vazio voraz.
Este é o intervalo entre os flancos da terra
Esta a boca sem lábios que lê os ossos da página.
O poema reúne todas as partes vivas.
A palavra apaga-se na nudez que se propaga.
As letras renascem de uma inércia atroz.
O corpo é um soluço sem sol e sem palavras.
Como passar o deserto sem a água do silêncio?
Como atravessar a página sem a sombra das letras?
As perguntas são ardentes imagens que se despem.
A nudez recomeça entre todas as letras.
O sentido percorre os ombros do silêncio.
Não há diferença alguma entre o corpo e a sombra.
O poema é legível nesta unidade obscura.
A claridade é o livre interrogar que avança.
O poema é o ardor do espaço, o deserto incandescente.
António Ramos Rosa
Arco-Iris
Etiquetas: António Ramos Rosa, Poesia
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