O QUE DE NAVEGAR SE DESCOBRE
O mar abre as janelas em que
ao romper do dia pousou a noite, a acabar.
Pelas dunas se ergue a febre, nesse inquieto instante,
cavalgam equinócios e marés,
despejando quadrantes, bússolas
e coisas mais de navegar, cartas, mapas e globos,
e tão depressa é tão longe,
mas tão lento é o curso dos naufrágios,
tão próxima a mão que corta os nós
e agreste só serena.
Foi de ventos e tumultos,
gritos, machos e machados,
ora por vezes este amado caminho,
ora por vezes procurando a morte,
ora por vezes amando o que dela se compraz.
Tão alto gritamos que só os pássaros
ouviram; e esses, por vezes, já sabiam.
ao romper do dia pousou a noite, a acabar.
Pelas dunas se ergue a febre, nesse inquieto instante,
cavalgam equinócios e marés,
despejando quadrantes, bússolas
e coisas mais de navegar, cartas, mapas e globos,
e tão depressa é tão longe,
mas tão lento é o curso dos naufrágios,
tão próxima a mão que corta os nós
e agreste só serena.
Foi de ventos e tumultos,
gritos, machos e machados,
ora por vezes este amado caminho,
ora por vezes procurando a morte,
ora por vezes amando o que dela se compraz.
Tão alto gritamos que só os pássaros
ouviram; e esses, por vezes, já sabiam.
Helena Carvalhão Buescu
De onde Nascem os Rio
Etiquetas: Helena Carvalhão Buescu, Poesia
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial